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Motoristas da Uber promovem protesto e pedem liberação do aplicativo

De acordo com os profissionais, o objetivo é divulgar a situação atual do serviço em Fortaleza e conversar com a população
18:01 | Out. 31, 2016
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Cerca de 80 motoristas da Uber realizam ato a favor da liberação do aplicativo, na tarde desta segunda-feira, 31, no estacionamento de um supermercado na avenida Bezerra de Menezes. De acordo com os profissionais, o objetivo é divulgar a situação atual do serviço em Fortaleza e conversar com a população.

[SAIBAMAIS]Eles afirmam que têm sofrido emboscadas e perseguição por parte de taxistas. Além disso, os motoristas criticam o prefeito Roberto Cláudio por não regulamentar o serviço na cidade. Até as 14h desta segunda, segundo os condutores da Uber, 20 carros foram apreendidos pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

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"O objetivo é chamar a população pra gente, divulgar o que está acontecendo. É um povo unido, trabalhador, que sabe da nossa dificuldade e apoia a gente. Os clientes elogiam nosso trabalho. Sinto que a população quer a liberação do Uber", disse o motorista da Uber, Ítalo Queiroz.


Segundo a Prefeitura, são aguardados os resultados da votação de dois projetos de Lei na Câmara Municipal de Fortaleza, para regulamentação do Uber. Atualmente, não é regulamentado o transporte de passageiro em carro particular. O único sistema existente é o táxi e o mototáxi.

 

Procurado pelo O POVO Online, o presidente do Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditáxi), Vicente de Paula Oliveira, diz que a orientação aos taxistas é para que a categoria denuncie o transporte clandestino, informando ao órgão fiscalizador a placa e o modelo do veículo.


"Não pode fazer o serviço (a Uber) porque não tem autorização da Prefeitura de Fortaleza. Sempre vamos defender o nosso trabalho", comentou Vicente.

 

Defensoria pede liberação
A Defensoria Pública do Ceará, por meio do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC), entrou com uma ação civil pública (ACP) pedindo a liberação e o livre exercício do aplicativo Uber em Fortaleza.


A defensora pública responsável pela ação, Alexandra Rodrigues de Queiroz, enfatiza a legalidade do serviço: “A utilização da plataforma Uber atende aos fins sociais preconizados pela Carta Magna de 1988 e pela política de geração de empregos que a economia do País deveria seguir, pois é uma forma de inclusão no mercado de trabalho, gerando emprego e renda aos trabalhadores, bem como um benefício para a economia e para os consumidores. Inclusive, se encontra em consonância com o Marco Civil da Internet.”

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