Seminário e audiência discutem a situação de mulheres encarceradas no Ceará
A iniciativa aborda como temas: gênero e sexualidade, raça e etnia, acesso à Justiça e direitos humanos, além de trazer denúncias de violações sofridas pelas detentasNesta sexta-feira, 2, acontece o seminário "Por Justiça, Voamos Pelas Asas de Maat” às 9 horas, seguido da audiência pública "Encarceramento de Mulheres, Sistema Prisional e Acesso à Justiça", às 14h30min na Assembleia Legislativa, para discutir sobre a situação das mulheres presidiárias no estado.
O projeto é realizado pelo Instituto Negra do Ceará – INEGRA, fruto do trabalho de um ano no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, com educadoras, organizações parceiras e algumas mulheres educandas da formação que agora estão em liberdade.
[SAIBAMAIS2]Segundo Francisca Sena, uma das organizadoras da ação, o objetivo é gerar a formação política das mulheres que estão internas, e compartilhar no seminário a experiência abrindo diálogo para a sociedade civil.
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AssineJá na audiência pública “Encarceramento de Mulheres, Sistema Prisional e Acesso à Justiça”, além de tornar visível a realidade dessas mulheres, e apresentar propostas de superação do processo de criminalização histórica da população pobre e negra. Sena informa que haverá denúncias de problemas relacionados à superlotação, qualidade da alimentação servida, violências sofridas em cárcere e outras violações de direitos vivenciadas por essas mulheres.
Na ocasião também será lançada a cartilha "Rompendo Muros, Brotando Resistências e Liberdade". O material traz o cotidiano do presídio feminino a partir de três personagens inspiradas nos relatos de vida de mulheres que estão em privação de liberdade. Além disso, apresenta de forma sucinta informações quantitativas e qualitativas referentes ao sistema penitenciário feminino
"Pelas Asas de Maat”
Há um ano o projeto atua com o intuito de ampliar o acesso à Justiça das mulheres em situação de privação de liberdade e proporcionar a formação política a 90 mulheres. O processo aborda gênero e sexualidade, raça e etnia, questões de classe, diretos humanos. A iniciativa conta com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos.
As mulheres do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa foram divididas em três turmas, cerca de 90% das mulheres foram certificadas para que fossem reproduzidas reflexões sobre suas vidas dentro e fora do presídio. O projeto contou com a parceria do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Afrobrasilidades, Gênero e Família – Nuafro/Uece, do Fórum Cearense de Mulheres e do Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar/Assembleia Legislativa do Ceará. A experiência também contou com o apoio da Pastoral Carcerária.
Inegra
É uma organização política, não governamental de mulheres negras que há 13 anos atua na luta pela superação da sociedade capitalista, racista, sexista e patriarcal. Conheça mais sobre o instituto através do link: https://inegrace.wordpress.com/about/
Serviço
Quando: 2 de setembro às 9 horas
Onde: Assembleia Legislativa do Ceará, avenida Desembargador Moreira, 2807, no bairro Dionísio Torres
Programação completa
* Às 9 horas no Auditório Murilo Aguiar: "De dentro pra fora e de fora pra dentro", partilha das mulhres que participaram do curso de formação política no Instituto Penal Feminino do Ceará
*Resultados do projeto "Pelas asas de Maat: ampliando o acesso à justiça das mulheres em situação de privação de liberdade.
* Lançamento da cartilha "Rompendo muro, brotando resistência e liberdade"
Às 14h30min no Complexo de Comissões:
*Audiência pública sobre o encarceramento de mulheres, sistema prisional e acesso à Justiça
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Redação O POVO Online
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