Parque de diversões no Henrique Jorge não tinha autorização de funcionamento
Autorização foi negada pela Regional III porque o equipamento não apresentou alvarás de funcionamento do Corpo de Bombeiros e do Crea. O caso está investigado no 27º DPO parque de diversões localizado na Praça da Igreja Matriz do bairro Henrique Jorge, onde aconteceu acidente que deixou duas pessoas feridas, na noite desta quinta-feira, 5, não tinha autorização da Prefeitura para funcionar. A Secretaria da Regional III informou que o equipamento não apresentou os alvarás do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia (Crea).
Segundo a Regional III, a autorização foi solicitada na última semana de julho passado, mas foi negada pela falta das documentações citadas acima. Até então, a Prefeitura não tinha conhecimento do funcionamento não autorizado do equipamento.
Testemunhas informaram que aproximadamente 20 adolescentes e adultos estavam dentro do brinquedo Samba quando uma peça soltou. Duas mulheres ficaram feridas, uma com escoriações leves, e a outra com lesões no braço. O local foi interditado logo após o acidente.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o proprietário do parque solicitou alvará, mas foi constatada falha no quadro de energia do local, durante vistoria. "Só a questão da energia estava em desacordo. Não que essa pendência tenha relação com o acidente. Eles foram notificados para corrigir esse problema", explicou a capitão Juliany Freire, assessora de comunicação do Corpo de Bombeiros.
A capitã também informou que foi apresentada a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), assinada por um engenheiro. Ao O POVO Online, o presidente em exercício do Crea, Alberto Leite Barbosa Belchior, explicou que a anotação era referente a montagem e desmontagem da instalação elétrica e mecânica dos brinquedos, bem como da instalação de combate à incêndio.
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AssineO laudo, com indicação para funcionamento do parque entre os dias 28 de julho passado até o próximo dia 18, foi assinado por um engenheiro mecânico e de segurança do trabalho, ainda conforme o Crea. "Em virtude de ter acontecido esse problema, o profissional será chamado para dar explicações sobre o que ocorreu. Vamos apurar a conduta dele e se todo o procedimento foi feito corretamente, mas, claro, garantindo todo o direito de defesa dele", frisa Alberto.
Inquérito policial
Após o acidente, o proprietário foi conduzido ao 12º DP para prestar esclarecimentos. O acidente será investigado no 27º Distrito Policial (João XXIII), onde ele também prestou depoimento, nesta sexta-feira, 5.
Uma das vítimas, que teve lesões mais graves e preferiu não se identificar, também foi ao 27º DP para registrar Boletim de Ocorrência e ingressar um processo contra o parque.
Em 2014, um jovem morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas em um acidente no brinquedo "Chaos", no Golden Park.
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