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Trabalhadores em greve protestam em frente ao Hospital Universitário Walter Cantídio

Os funcionários do Complexo Hospitalar da UFC estão em greve desde a semana passada, mas mantêm os serviços de urgência e emergência
11:23 | Jul. 25, 2016
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Tipo Notícia

Atualizada às 13h45min

Um grupo de funcionários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) realizou protesto em frente ao Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), na manhã desta segunda-feira, 25. Ao todo, 25% dos funcionários estão em greve desde o último dia 20 deste mês, reivindicando melhores condições de trabalho.

O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Ceará (Sintsef), Adriano Duarte, disse que a categoria exige melhorias desde maio. “Serviços de urgência e emergência continuam funcionando na unidade, porém com poucos atendimentos", afirma.

Entre as reivindicações dos funcionários, que também atuam na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), estão: reajuste salarial com reposição da inflação de 10,36%, redução da jornada de trabalho para 30 horas/semanais, e revisão do Plano de Carreira, Cargos e Salários.

No Ceará, a Ebserh possui cerca de 1.544 profissionais lotados nos dois hospitais vinculados à Universidade Federal do Ceará, conforme dados repassados pelo Sintsef. Em maio, os funcionários paralisaram as atividades nas unidades por 48 horas, também em prol de melhores condições de trabalho.

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O POVO Online entrou em contato com a Ebserh, que informou estar aberta às negociações para finalizar o Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017. A Ebserh disse que, com a greve, recorreu à Justiça do Trabalho para garantir a prestação dos serviços à população em cada uma de suas unidades hospitalares.

A Ebserh oferece reajuste de 8% nos salários dos funcionários e de 9% nos benefícios. Confira a nota da empresa, na íntegra:

''O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou ação da Ebserh e concedeu, na última quarta-feira (20/07), liminar determinando a manutenção do contingente mínimo de 75% dos trabalhadores da estatal, para que o direito de greve não se sobreponha ao direito à vida e à saúde da população. Em caso de desrespeito à decisão do TST, o sindicato que representa a categoria poderá ser multado em R$ 75 mil por dia de descumprimento.

Ebserh esclarece, ainda, que, mesmo diante do cenário político-econômico atual, a proposta apresentada pela empresa conta com diversos avanços importantes. Em reunião, foi oferecido reajuste de 8% nos salários dos funcionários e de 9% nos benefícios (auxílio alimentação, auxílio pré-escolar, auxílio pessoa com deficiência, assistência médica e odontológica), valores superiores aos acordados em 2015. Além disso, foi apresentada a possibilidade de trabalho em turnos de 12h/36h para a área assistencial no período diurno e cinco dias por ano para acompanhamento de familiar em consulta/exame médico.

A empresa acredita no bom senso da categoria, para que os serviços prestados à sociedade não sejam prejudicados, uma vez que os atendimentos de saúde são essenciais para a população''.

Redação O POVO Online com informações do repórter Caio Faheina

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