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Tornozeleiras representam economia de 89,3% em relação a custo de preso no cárcere

O secretário adjunto da Sejus, Sandro Camilo, afirmou que o sistema de tornozeleiras custa R$ 214,50 mensais ao Estado, enquanto o detento no sistema fechado tem ônus de R$ 2 mil
20:07 | Jul. 15, 2016
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Tornozeleiras eletrônicas representam economia de 89,3% em relação aos custos de cada preso dentro do sistema prisional. Enquanto um interno custa ao Estado do Ceará R$ 2 mil mensais, o aluguel da tornozeleira é de R$ 214,50. Os números foram informados na última quinta-feira pelo secretário adjunto da Justiça e Cidadania, Sandro Camilo, em entrevista ao programa Revista O POVO, na Rádio O POVO CBN, apresentado por Maísa Vasconcelos.

O secretário detalhou que existem 1.052 pessoas que cumprem pena em regime aberto e são monitorado pela Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) com o uso de tornozeleiras. Alguns não chegaram nem meso a adentrar o sistema prisional e foram apenados com o uso na audiência de custódia. Além dos gastos reduzidos, o programa ainda abordou que o sistema de tornozeleiras é tido como forma de diminuir a lotação dos presídios.

Conforme o secretário, o interno é beneficiado quando “o juiz compreende que ele merece a oportunidade de voltar ao convívio em sociedade”. Ele salientou ainda que é determinado um perímetro de deslocamento para a pessoas e que se descumprido, poderá acarretar em recolhimento a sistema fechado e, possivelmente, não será beneficiado novamente com o uso da tornozeleira.

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Críticas

O sistema de tornozeleiras, apesar da explanação do secretário, recebeu críticas de ouvintes. Apenado com a tornozeleira, o ouvinte do bairro São Cristóvão, que se identificou como Genário, disse que o monitoramento é falho. “Mesmo dentro de casa, (é como se) ela saísse do satélite. Às vezes mandam vir aqui me buscar e pensa que eu tenho saído, mas tô em casa”.

Já o ouvinte Gerônimo, que se identificou como policial militar, afirmou que a “Secretária de Justiça não tem estrutura para manter o regime”. “Quando eles rompem o perímetro ou a tornozeleira, a secretaria não manda ninguém pra ir atrás desse presos. De onde eles (os funcionário da Sejus) estão, eles criam uma ocorrência com o Ciops (Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança) para mandar uma viatura de polícia até lá. Isso não é pra ser função da polícia, é pra ser da Secretaria de Justiça, que não está dando conta dos presos que estão usando tornozeleira eletrônica”, critica.

Redação O POVO Online 

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