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Ceará é o segundo do Nordeste em uniões homoafetivas

Foram 162 casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2014. Estado é o oitavo do País em ranking do IBGE
19:18 | Jul. 14, 2016
Autor O POVO
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Tipo Notícia
Em 2014, o número de casamentos entre côngujes masculinos aumentou (de 80 para 102), enquanto o de côngujes femininos diminuiu (de 104 para 60) no Ceará. O Estado exibe o segundo maior número de uniões no Nordeste, com 162, e é o oitavo do País no ranking produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


A comparação é feita com o ano de 2013. Na frente do Ceará está Pernambuco, com 661 uniões homoafetivas, 121 entre homens e 56 entre mulheres. O Estado com o maior número de casamentos é São Paulo, com 2.050. 

O reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo aconteceu em 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro anos depois, a professora e artista visual Marília Oliveira, 32, e a auditora financeira Sara Luana Marques Martins, 32, resolveram oficializar o relacionamento de 12 anos. O principal objetivo foi reconhecer os direitos legais, mas a aproximação afetiva foi fundamental. 
 
UNIÃO: DIREITOS E AFETO 

"Tirar férias juntas, colocar como dependente no plano de saúde, declarar no imposto de renda, realizar investimentos bancários juntas... a gente queria se valer de direitos legais. Mas o compromisso legal também reflete afetivamente. Vestir branco, ter um buquê e não se ver podada a isso em relação à sexualidade", considerou Marília. 

Para ela, a diminuição do número de união entre mulheres pode refletir a realidade do início do reconhecimento, em 2011. Marília cosidera que pode ter havido um "boom" dos casamentos entre mulheres no começo e depois diminuído. "O mundo aceita melhor as lésbicas porque é um alimento de fetiche para os homens. No caso masculino, para a sociedade, é ultrajante que um homem não exerça sua 'machesa'", opinou. 
 
Ela destacou que, apesar de o número de casamentos no Ceará ser o segundo do Nordeste, isso não significa menos preconceito. "Na prática, não significa que o Ceará seja um lugar acolhedor em relação ao público LGBT", afirmou.
 
 
 
Redação O POVO Online 

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