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Universitários denunciam calote da festa de formatura

Empresa contratada não teria fechado contratos de buffet e banda para festa no dia 15 de julho
19:58 | Jun. 02, 2016
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Tipo Notícia
Alunos do curso de Nutrição da Universidade Estadual do Ceará (Uece) afirmam que levaram um “calote” no valor de quase R$ 54 mil. O sonho da festa de formatura esbarrou na descoberta de contratos não assinados e superfaturamento.  Os estudantes aguardam respostas da empresa contratada para, então, seguir com os procedimentos judiciais.
 
 
“Há duas semanas nós descobrimos que não havia contrato com o buffet e com a banda.  Liguei para o buffet para combinar detalhes da decoração e disseram que não tinha nenhum evento para a data, que já é 15 de julho”, conta a estudante Yasmim Paz. A turma da qual ela faz parte soma 12 pessoas que, desde 2013, faziam pagamentos mensais à empresa.   “Em março, a empresa pediu o dinheiro que tínhamos em caixa para pagar a banda e depois descobrimos que não tinha nada fechado”, acrescenta.
 
 
Além dos contratos não fechados, Yasmim afirma que a empresa de cerimonial orçou serviços por um preço maior do que o normal. “A decoração, que eles disseram ser R$ 10 mil, na verdade custa cerca de R$ 4 mil”, destaca a universitária. Conforme ela, policiais do Ronda do Quarteirão chegaram a ir à empresa junto à advogada que representa os alunos. “Eles prometeram que vão mandar os contratos amanhã. Vamos esperar”, diz. 
 
 
JUSTIÇA
 
 
De acordo com o diretor da Caixa de Assistência dos Advogados da OAB-CE, Dejarino Santos Filho, a inexistência de contratações pode significar um início de possibilidade do crime de estelionato (fraude praticada em contratos ou convenções, que induz alguém a uma falsa concepção de algo com o intuito de obter vantagem ilícita para si ou para outros ).  A comissão de formatura precisa se munir de documentos, como declaração da banda e do buffet afirmando que não há contratação. 
 
 
O advogado alerta para a necessidade de pesquisa dos sócios da empresa a ser contratada, dos índices de reclamação e do possível histórico criminal. “O ideal é que os contratos sejam feitos individualmente. A empresa pode indicar orçamentos, mas que o próprio contratante os feche. Caso isso não aconteça, que haja um acompanhamento contínuo das contratações e dos pagamentos”, detalha.   
 
Os estudantes optaram por ainda não divulgar o nome da empresa contratada para não atrapalhar o processo judicial. 
 
 
Redação O POVO Online 

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