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Processo administrativo é aberto contra PM acusado de matar adolescente

Marcílio Costa de Andrade é acusado, em processo criminal, de matar o jovem e ferir um outro homem após uma discussão que um deles teve com a irmã. Com o processo administrativo disciplinar, ele pode ser expulso da corporação
12:00 | Jun. 08, 2016
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O soldado da Polícia Militar (PM) Marcílio Costa de Andrade responderá um processo administrativo disciplinar pelo homicídio de Francisco de Assis Moura de Oliveira, o "Neném", de 16 anos, ocorrido em 25 de outubro do ano passado. A decisão foi divulgada nesta terça-feira, 7, no Diário Oficial do Estado (DOE). O PM está preso desde 29 de fevereiro deste ano, por força de mandado expedido pela 4ª Vara Criminal, em processo criminal que o acusa de homicídio e tentativa de homicídio.

Na ação, o soldado ainda teria atingido Raimundo Cleiton Pereira da Silva na perna. Segundo o inquérito policial, os disparos ocorreram após uma discussão entre a irmã do PM e uma das vítimas. O PM foi, armado, "tirar satisfação" e teve de ser contido por terceiros para não agredi-lo, continua o relato. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) apurou ainda que o cunhado do PM, Giovanni Soares de Santos, também participou do crime. Ele também está preso, assim como a sua companheira, irmã do soldado.

Ela, que não teve o nome divulgado, foi presa em 1º de março. A mulher foi autuada em flagrante por transporte ilegal de arma de fogo e munição de uso restrito, no momento em que deixava o apartamento do irmão, que já estava preso temporariamente. Com ela, a polícia encontrou uma pistola 380 (não pertencente ao irmão); cinco munições calibre 38, 15 munições calibre 380, 90 munições calibre .40, sete munições de calibre .45, uma munição calibre 556, uma munição calibre 12, entre outros objetos.

 

Leia também: Policial preso por homicídio tem nome divulgado

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Se condenado no processo administrativo, o soldado pode ser expulso da corporação. Compõem a comissão que julga o caso o tenente-coronel Vladimir Feijó Frota (Presidente), o major Antônio William Franco de Souza (interrogante) e a tenente Erilane Pereira Vaz Rocha (relatora e escrivã).

Saiba mais
Em 3 de outubro, O POVO noticiou que Marcílio Costa de Andrade foi expulso por moradores do Curió, junto com a mãe e a irmã. Ele é lotado no destacamento da PM de Santa Quitéria, no Sertão Central.

O caso ocorreu duas semanas antes da "Chacina da Grande Messejana", em que 11 pessoas foram mortas em um intervalo de três horas. Três das vítimas foram assassinadas no Curió: Álef Souza Cavalcante, Jardel Lima dos Santos, e Antônio Alisson Inácio Cardoso, todos de 17 anos.

Redação O POVO Online

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