Processo administrativo é aberto contra PM acusado de matar adolescente
Marcílio Costa de Andrade é acusado, em processo criminal, de matar o jovem e ferir um outro homem após uma discussão que um deles teve com a irmã. Com o processo administrativo disciplinar, ele pode ser expulso da corporaçãoO soldado da Polícia Militar (PM) Marcílio Costa de Andrade responderá um processo administrativo disciplinar pelo homicídio de Francisco de Assis Moura de Oliveira, o "Neném", de 16 anos, ocorrido em 25 de outubro do ano passado. A decisão foi divulgada nesta terça-feira, 7, no Diário Oficial do Estado (DOE). O PM está preso desde 29 de fevereiro deste ano, por força de mandado expedido pela 4ª Vara Criminal, em processo criminal que o acusa de homicídio e tentativa de homicídio.
Na ação, o soldado ainda teria atingido Raimundo Cleiton Pereira da Silva na perna. Segundo o inquérito policial, os disparos ocorreram após uma discussão entre a irmã do PM e uma das vítimas. O PM foi, armado, "tirar satisfação" e teve de ser contido por terceiros para não agredi-lo, continua o relato. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) apurou ainda que o cunhado do PM, Giovanni Soares de Santos, também participou do crime. Ele também está preso, assim como a sua companheira, irmã do soldado.
Ela, que não teve o nome divulgado, foi presa em 1º de março. A mulher foi autuada em flagrante por transporte ilegal de arma de fogo e munição de uso restrito, no momento em que deixava o apartamento do irmão, que já estava preso temporariamente. Com ela, a polícia encontrou uma pistola 380 (não pertencente ao irmão); cinco munições calibre 38, 15 munições calibre 380, 90 munições calibre .40, sete munições de calibre .45, uma munição calibre 556, uma munição calibre 12, entre outros objetos.
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Se condenado no processo administrativo, o soldado pode ser expulso da corporação. Compõem a comissão que julga o caso o tenente-coronel Vladimir Feijó Frota (Presidente), o major Antônio William Franco de Souza (interrogante) e a tenente Erilane Pereira Vaz Rocha (relatora e escrivã).
Saiba mais
Em 3 de outubro, O POVO noticiou que Marcílio Costa de Andrade foi expulso por moradores do Curió, junto com a mãe e a irmã. Ele é lotado no destacamento da PM de Santa Quitéria, no Sertão Central.
O caso ocorreu duas semanas antes da "Chacina da Grande Messejana", em que 11 pessoas foram mortas em um intervalo de três horas. Três das vítimas foram assassinadas no Curió: Álef Souza Cavalcante, Jardel Lima dos Santos, e Antônio Alisson Inácio Cardoso, todos de 17 anos.