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Greve dos agentes penitenciários do Ceará é encerrada

Todas as propostas feitas pela categoria foram aceitas por unanimidade pelo governo estadual
19:11 | Mai. 21, 2016
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A greve dos agentes penitenciários do Ceará foi encerrada após reunião no início da noite deste sábado, 21, com a cúpula do governador Camilo Santana (PT). O POVO apurou que oito pessoas foram mortas, mas o Governo só confirma duas e o Ministério Público fala em quatro. 

O Governo do Ceará atendeu ao pleito dos agentes penitenciários e prometeu 100% de gratificação de atividade de risco, mas de forma escalonada. Atualmente, eles possuem 60% de gratificação. Com o acordo chegará em até 70% em fevereiro de 2017, 80% em janeiro de 2018 e 100% em novembro de 2018.

No entanto, o titular da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Hélio Leitão, afirmou que a condição de aceitar o acordo seria que o categoria voltasse imediatamente para o trabalho.

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Segundo Leitão, os maiores confrontos ocorreram nas CPPL I, II, III, IV, e no presídio feminino Instituto Penal Desembargadora Auri Moura Costa. O titular da Sejus só confirma duas mortes até o momento.

O Procurador-Geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, determinou, no início da tarde deste sábado, 21, a instauração de procedimento investigatório para apurar autoria e responsabilidades dos crimes de homicídio e danos ao patrimônio público que estão ocorrendo numa série de rebeliões no sistema penitenciário no Estado do Ceará.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, Valdemiro Barbosa, todas as propostas feitas pela categoria foram aceitas por unanimidade pelo governo estadual.

“Mesmo com as nossas reivindicações aceitas, nós continuamos ainda muito preocupados com a situação crítica da segurança no Ceará e continuaremos cobrando melhorias nas situações de trabalho nos órgãos de segurança do Estado”, disse Valdomiro.

Além do aumento da gratificação de atividades especiais e de risco e da realização de concurso público para a contratação de 3 mil agentes, a categoria revindicava a inclusão de um plano de metas para redução da criminalidade, adição de armamentos, munições e treinamentos para os agentes que trabalham nas unidades.

Redação O POVO Online

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