Em novo protesto, concursados da Guarda Municipal acampam em frente ao Paço
Grupo reivindica a convocação imediata de 750 candidatos formados no Concurso da Guarda Municipal. Sesec nega obrigatoriedade da prefeitura por tais nomeaçõesEm novo protesto, concursados da Guarda Municipal decidiram acampar em frente ao Paço Municipal, desde às 10h desta quarta-feira, 6. Na primeira manifestação, ocorrida no mesmo local, nesta segunda-feira, 4, os manifestantes se dispersaram após confronto com os próprios guardas municipais da Prefeitura.
Segundo um dos concursados que integra o ato, Raphael Saunders, o grupo reivindica a nomeação de 750 candidatos formados no Concurso da Guarda Municipal. "O prefeito convocou a gente, nos formou. Mas para fazer o curso de formação de três meses, com 10 horas diárias, tivemos que largar o emprego. Agora ele nos abandonou", reclama.
Grupos distintos com cerca de 100 concursados devem dar continuidade ao protesto, acampando ininterruptamente na calçada do Paço, à espera de uma sinalização de diálogo com o prefeito Roberto Cláudio.
[SAIBAMAIS 4]
O concursado ainda conta que a prefeitura formou 1.500 pessoas, mas pretende nomear apenas 1 mil. "Têm vagas ociosas, terceirizados fazendo nosso trabalho", alega.
Sesec
A assessoria da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Sesec), por sua vez, afirma que o edital do concurso deixa claro que seriam ofertadas apenas 1 mil vagas. A capacitação de mais pessoas se tratou apenas de uma oportunidade que a prefeitura viu para um possível chamamento no futuro.
Em nota enviada ao O POVO Online na última segunda, a Sesec informou que o prefeito deu posse a 756 agentes em julho de 2015 e que existe a previsão da convocação dos candidatos remanescentes (244) ainda este ano.
O certame, segundo a Sesec, "é válido por dois anos, prorrogável por mais dois, e os demais nomes entrarão no cadastro de reserva e poderão ser chamados nesse período à medida que novas vagas surgirem, por exemplo, com a aposentadoria de agentes".
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AssineRetirada
Os manifestantes temem ainda uma tentativa de retirada do grupo das imediações do Paço, mas asseguram que tal ação seria "ilegal", pois, conforme garantem, o movimento age de forma "pacífica", "ordeira" e evitou, inclusive, gerar um bloqueio no trânsito de carros e pedestres no entorno.
Além de reivindicar a nomeação, Raphael ressalta que o grupo luta, desta forma, para que a população fortalezense viva "com mais paz", pois acredita que os guardas municipais têm "plena capacidade de combater a violência".