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Após desabamento de telhado, funcionários da escola Prof. Otávio Farias temem acidentes

Uma equipe da Coordenadoria de Infraestrutura da Secretaria Municipal de Educação executa o reparo do telhado. O local do acidente foi isolado, e as aulas estão paralisadas
13:20 | Abr. 11, 2016
Autor Amanda Araújo
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Tipo Notícia
O telhado lateral da escola municipal Professor Otávio Farias, localizada no Barroso, desabou na tarde da última sexta-feira, 8, em Fortaleza. O acidente ocorreu pouco tempo depois dos alunos retornarem do intervalo para as salas e, por pouco, ninguém ficou ferido, afirmam funcionários da unidade. As aulas foram suspensas nesta segunda-feira, 11, e a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que o reparo está sendo executado.

O desabamento assustou os funcionários e alunos, que ouviram um barulho por volta das 15h45min da última sexta. "A gente tinha acabado de terminar o recreio quando ouvimos um estrondo. Ninguém sabia onde era, achei até que era um avião. Os meninos começaram a ficar muito agitados, correram e vieram vários pais para levar os filhos embora", narra a professora Júlia Oliveira, que trabalha na unidade há dois anos e também é diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute).

As telhas cederam justamente na área onde é realizada a recreação e acolhida dos alunos e, nos últimos dias, os professores entraram na escola pela outra entrada do prédio. Segundo Júlia, a escola precisa de uma reforma há anos, pois a instalação hidráulica está comprometida e, com as chuvas, há riscos de novos acidentes. "Temos medo de acontecer uma tragédia maior, porque a regional mandou pedreiros e um engenheiro, mas não sabemos se é seguro ficar dentro da escola. Foi um horror, várias mãe chegaram chorando preocupadas com os filhos".

A escola Professor Otávio Farias atende 450 alunos de ensino fundamental no turno da manhã e 447 no turno da tarde. Além disso, 143 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) estudam na unidade no período noturno, conforme dados repassados pela SME. O engenheiro civil João Carlos Feitosa, coordenador de Infraestrutura da SME, disse que um laudo sobre as causas do acidente e a estrutura do prédio deve ser finalizado em alguns dias.

“Assim que tomamos conhecimento do acidente, dois engenheiros foram enviados para a escola, e a empresa de manutenção da SME foi acionada. O local foi isolado para a retirada dos entulhos", relata Carlos

Ele acredita que o desabamento esteja relacionado à grande quantidade de chuva que atingiu Fortaleza, nos últimos dias. O prazo para a finalização dos serviços também vai depender das precipitações. "Caso as chuvas continuem como estão, o serviço termina dentro de uns 60 dias. Caso [a chuva] aumente, esse prazo pode ser prolongado. Por enquanto as aulas estão paralisadas”, completa o engenheiro.
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Manutenção
Em 2015, a Coordenadoria de Infraestrutura da SME realizou 330 intervenções de manutenção nas escolas do município. Neste ano, foram cerca de 120 serviços, contando os que ainda estão em andamento, cita João Carlos.

"Nós temos um serviço constante de manutenção, mas a demanda é grande, porque temos cerca de 500 escolas. Algumas das intervenções do ano passado foram feitas mais de uma vez em uma mesma unidade. Procuramos atender o mais rápido possível", afirma.

Segundo ele, não havia solicitação de manutenção na área onde o telhado da escola Prof. Otávio Farias desabou. "Havia demanda de instalação sanitária e elétrica, mas o diretor nos relatou que não apresentava rachaduras". O POVO Online entrou em contato com o diretor da escola, mas ele não quis dar entrevista.

Em março, o telhado do depósito de material esportivo da Escola Municipal Cláudio Martins cedeu e deixou um adolescente de 17 anos ferido. A unidade havia sido reformado há pelo menos um ano desde o acidente, mas o Distrito de Educação da Regional IV informou que o depósito não fazia parte das áreas que passaram por intervenções.

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