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Quadrilha interestadual de roubo e furtos de carros é desarticulada

A operação da DRFVC investigava há seis meses o grupo. As prisões dos sete homens aconteceram no fim de fevereiro e no início deste mês. Oito carro foram apreendidos
20:06 | Mar. 15, 2016
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Cinco homens presos no Ceará e mais dois no Piauí, além de nove carros apreendidos. Foi o que resultou a operação da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) que desarticulou uma quadrilha interestadual especializada em roubo, furto e clonagem de veículos.

Iniciada há seis meses, a operação policial identificou que a quadrilha se articulava com divisão de tarefas. Quatro homens eram responsáveis por roubar e furtar os carros e outros dois tinham a incumbência de clonar as placas dos veículos, forjar novos documentos e prepará-los para a venda. Além disso, estes últimos faziam contatos com possíveis compradores. Os crimes eram cometidos em Fortaleza e o carro eram levados também para o Estado do Maranhão.

As prisões foram efetuadas em fevereiro e durante a última semana. Márcio José Ferreira de Sousa, 35, conhecido como “Márcio Cururu”, que não possuía antecedentes criminais, e Arnaldo Hermenegildo da Silva, 33, conhecido como “Naldo”, que responde a três procedimentos policiais por receptação, roubo, porte ilegal de arma de fogo e adulteração de sinal de veículo automotor, são apontados como sendo os “cabeças” da organização criminosa.

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Os dois eram responsáveis pela adulteração e venda dos carros. Eles foram presos na casa de Márcio, no último dia 9, no município da Caucaia, Área Integrada de Segurança 7 (AIS 7).

No imóvel, os policiais apreenderam quatro carros, sendo um Corolla, um Fusca, um Santana e uma Kombi – todos com emplacamento adulterado. Além disso, também foram encontrados na residência documentos de veículos, placas, documentos de vistoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em branco e preenchidos, Documentos Únicos de Transferência (DUTs), lixadeira e pinos com letras – utilizados no processo de clonagem.

Operação

As primeiras prisões de integrantes do grupo aconteceram em fevereiro. Richardson Fontenele Alves, 20, e Anderson Rodrigues da Costa, 23, são suspeitos de roubar carros. Ambos respondiam por tráfico de drogas e receptação e foram presos em flagrante por roubo e receptação no dia 23 de fevereiro, com um Prisma que haviam roubado.

Os responsáveis pelos furtos são Francisco Wellison Rodrigues da Silva, 31, conhecido como "Pezão", que responde a procedimentos policiais por furto e adulteração de sinal de veículo automotor, entre outros, e seu comparsa, que tem um mandado de prisão em aberto e responde por furto, corrupção de menores e por dirigir veículo automotor sem devida habilitação. Os dois foram interceptados no último dia 7, na BR 020, na saída da cidade de Canindé, AIS 13. Ele conseguiu fugir. “Pezão” foi capturado com um veículo D-20 que havia furtado horas antes.

Com base informação de que carros da quadrilha seriam vendidos no Maranhão, a DRFVC também acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre o caso. Carlos Antonio Jacson Oliveira Dourado, o "Cabeça", 38, que já cumpriu pena no Ceará e mora no Estado do Maranhão, e Erico Bezerra de Carvalho, 33, que não possuía antecedentes criminais, foram interceptados na Parnaíba, no Estado do Piauí.

No momento da abordagem, eles ainda teriam tendo enganar os agentes de segurança, se passando por detetives particulares e apresentando documentos falsificados. Os dois foram autuados por crimes de receptação, uso de documento falso e falsidade ideológica.

Ainda continuando as diligências, outro veículo subtraído pela quadrilha, uma camionete F-100 de placas HUL 8261, foi recuperado na cidade de Santa Quitéria. O automóvel havia sido mandado para lá por “Pezão”.

Investigações

A Polícia ainda apura a participação de um homem, que teria a função de esconder os veículos subtraídos em seu local de trabalho – ele é porteiro em um hospital localizado no bairro Aldeota. Ele deixaria os carros no estacionamento da unidade médica, esperando um período para saber se seriam rastreados. Em seguida, o suspeito os repassava para Márcio e Arnaldo.

Conforme a DRFVC, os carros eram repassados para os compradores com preços variados, dependendo do modelo e finalidade a qual seriam submetidos. Se o receptador alegasse que o veículo continuaria sendo usado em crimes, o valor era reduzido. Mas, se o receptador tivesse o interesse de usar o carro como sendo seu, o valor da venda era mais alto. Os criminosos, além de adulterar as placas e o chassi, forjavam também a documentação dos automóveis, para a farsa passar despercebida em fiscalizações.

Redação O POVO Online 

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