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Sindicato da Polícia Civil intervém em prisão do serviço reservado da PM

"Eles tem o valor deles, mas não precisam diminuir o valor dos outros", diz secretário adjunto, Lauro Prado, sobre as ações do Sinpol
18:41 | Jan. 04, 2016
Autor Jéssika Sisnando
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Jéssika Sisnando Repórter
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Tipo Notícia

O Sindicato da Polícia Civil do Estado do Ceará (Sinpol-CE) pretende fiscalizar o trabalho do serviço reservado da Polícia Militar do Estado do Ceará. Na tarde desta segunda-feira, 4, por meio da operação Polícia Legal, o sindicato compareceu no 19º DP (Conjunto Esperança) em uma prisão por tráfico de drogas realizada pelo serviço reservado do 6º Batalhão da Polícia Militar.

Leonardo Jackson Hermínio, 20, foi preso no Parque Santa Rosa, com seis embalagens de cocaína. A droga foi encontrada na própria residência. O preso disse à reportagem que estava com a droga e tentou fugir, mas que se assustou com os policiais no local e se rendeu, sendo encaminhado à delegacia.

Leonardo foi preso em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado titular, Edmo Leite. O Sinpol informou que as ações devem continuar por meio da operação Polícia Legal, que busca fiscalizar uma série de ações, consideradas pelo sindicato como ilegais. No caso da prisão por tráfico dos PMs, o Sinpol diz que é um desvio de função a PM investigar.
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 O policial militar do reservado, que preferiu não se identificar, disse à reportagem que esse tipo de ação por parte do sindicato da Polícia Civil desencoraja o trabalho dos profissionais da Polícia Militar e que o procedimento estava adequado.  

 O diretor do Sinpol informou que denunciou os policiais militares por estarem investigando. De acordo com Francisco Lucas, a ocorrência foi comunicada à Delegacia de Assuntos Internos (Dai), da Controladoria Geral de Disciplina (CGD), a Delegacia Geral de Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

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 "Eles tem o valor deles, mas não precisam diminuir o valor dos outros", diz secretário adjunto
 
O secretário adjunto da SSPDS, coronel Lauro Prado, diz que o Sinpol pode acompanhar o trabalho "de quem ele quiser" e que a Polícia Militar faz levantamentos. "A inteligência da PM é diferente da Polícia Civil. A Polícia Civil faz investigação, a PM faz um levantamento preliminar, toda ocorrência se desenrola de um levantamento preliminar", comentou.

 Para o secretário, a Polícia Militar é quem chega primeiro no local, anota o nome das testemunhas e também faz um trabalho preventivo, para se evitar o crime. "A situação que estão querendo criar não existe, eles tem o direito de mostrar o valor deles, mas não precisam diminuir o valor dos outros", comentou.  

O secretário reafirmou que não há nada demais em fiscalizar o trabalho, pois existe uma transparência geral e não há nenhum inconveniente. "Pode acompanhar", finalizou.

 

 

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