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Posto de Saúde de Caucaia funciona sem equipamentos e água, segundo funcionário

A unidade funciona em um prédio alugado em Taquara, em Caucaia, está sem água desde o dia 24 de junho. Segundo funcionários, desde abril, o posto de saúde está sem medicamentos, sem vacinas e não realiza prevenção ginecológica

11:05 | 29/12/2015
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Atualizada às 13h40min 
 
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Júlia Pessoa de Araújo, da localidade de Taquara, no Conjunto Nova Metrópole, em Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza) funciona sem medicamentos, gase ou esparadrapo. A UBS está sem água desde o dia 24 de junho. A informação foi repassada ao O POVO Online por um funcionário do posto de saúde, que pediu para não ser identificado. 

O posto funciona em uma casa alugada, já a sede da unidade, também no Conjunto Nova Metrópole, está em reforma há mais de um ano. Segundo o funcionário, a ligação de água é clandestina e, por isso, foi cortada.

Ainda de acordo com ele, a água foi cortada porque a ligação era clandestina. Também não há luvas no local. Os enfermeiros aplicam vacinações apenas com a álcool gel, sem nenhuma proteção. “Não temos banheiro, porque não temos água e a descarga é quebrada. Só funciona a (auferição da) hipertensão arterial, diabetes, puericultura e pré-natal. Fazemos o que dá”, informa.

O tensiômetro - aparelho que mede a pressão arterial - e o glicosímetro - para medir a taxa de açúcar no sangue - também apresentam defeito. O funcionário diz que está sem funcionar um aparelho chamado sonar, que escuta os batimentos cardíacos dos fetos.
 
A residência usada de posto improvisado tem somente quatro cômodos. 
 
No banheiro, baldes d´água podem ser criadouros do mosquito Aëdes aegypti, que transmite dengue, zika e chicungunha.

Ainda de acordo com o funcionário, as obras de reforma no posto de saúde estão paradas porque os funcionários não receberam pagamento. O POVO Online tentou contato com a Prefeitura de Caucaia e a Secretaria da Saúde do município, mas até o fechamento desta matéria, as ligações não foram atendidas.
 
“Quando chove, não dá para atender, porque a casa é cheia de goteira. Eles pegam no pé para que a gente cumpra a nossa carga horária, mas não oferecem condições de atendimento”, informa o funcionário.

 
 
Redação O POVO Online 
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