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Médico Anastácio Queiroz critica eficácia da vacina e cobra participação da população no combate ao mosquito

Em entrevista ao programa de rádio Revista O POVO, o infectologista criticou: "É uma vacina de qualidade, mas está muito longe da eficácia que poderia ter"

23:29 | 29/12/2015
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Na segunda-feira, 28, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira vacina contra a dengue, desenvolvida pelo laboratório europeu Sanofi Pasteur. O Brasil é o terceiro país a receber a liberação para comercialização. Já autorizada no México e nas Filipinas, é destinada para a faixa entre 9 e 45 anos, aplicada em três doses (uma a cada seis meses), com eficácia global de 66%. Para falar sobre o avanço e eficiência da vacina, o médico infectologista e professor de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) Anastácio Queiroz, participou do programa Revista O POVO, apresentado por Maísa Vasconcelos ontem.

O médico ponderou sobre a porcentagem de eficácia do medicamento: “Ela tem um nível muito baixo”, disse. Segundo ele, outras vacinas possuem pelo menos 80% de eficiência. “É uma vacina de qualidade, mas está muito longe da eficácia que poderia ter”, criticou.

Sobre a decisão de adotar a vacina ao calendário público de imunizações, Anastácio foi enfático: “É uma decisão bastante complexa.” Para ele, para que isso acontece, o Estado deveria ter a disponibilidade de vacinar toda a população. Mas acredita que se isso acontecesse o número de mortes seria reduzido.

Ele acredita que em breve, para combater o mosquito serão disponibilizadas vacinas mais potentes, mas afirma que a sociedade poderia participar do combate direto ao próprio vetor. “Devemos trabalhar em conjunto para destruir o mosquito”. Para o infectologista, a infestação do mosquito “é a mesma de 30 anos atrás”.

 

 Ouça o áudio da entrevista

Redação O POVO Online

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