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Cearense reúne cerca de 180 Papais Noéis em decoração natalina

Fernando Lopes, 63, que sempre acreditou na existência do bom velhinho, reúne os Papais Noéis há mais de cinco anos

16:23 | 22/12/2015
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O rosto de um Papai Noel gigante suspenso na porta do apartamento de Fernando Lopes, 63, e Liduína Lopes, 57, dá as boas-vindas para quem chega à residência do casal. A porta abre e não um, mas cerca de 180 Papais Noéis sorriem, cantam, dançam, brilham e colorem o interior dos cômodos da casa.

Fernando Lopes, administrador, e Liduina, assistente social, são casados há 37 anos. E, há pouco mais de cinco anos, ela convive com uma grande paixão de Fernando: o gosto por Papai Noel. O costume é tradição familiar do administrador, que acreditou em Papai Noel até seus 15 anos. Ao descobrir que seus pais eram os responsáveis por deixar os presentes na cama, Lopes relata que decidiu ignorar e, até hoje, ele confia seus sonhos e desejos ao bom velhinho.

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“Se observarmos, todos nós temos um sonho, independente da idade. Quando ficamos mais velhos, sonhamos com netos”, conta Lopes rindo. Para o administrador, o Papai Noel representa um pouco desses sonhos que tem.

Sem uma visão comercial sobre o bom velhinho, “como a maioria faz”, segundo eles, o casal decora a casa no fim de novembro e, a “reunião” de Papais Noéis dura até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Com a responsabilidade de decorar cada ambiente, a assistente social afirma que são necessários dois dias para espalhar todos os Papais Noéis pelo teto, rack, armário, cozinha, gabinete e quartos.

Além de todo esse amor pelo bom velhinho, Lopes, no dia de Natal, se fantasia de Papai Noel para deixar presentes na cama das duas filhas, Ligia Maria, 29, fisioterapeuta, e de Maria Fernanda, 27, advogada, além da esposa, que também recebe o carinho do seu Papai Noel.

A presença do bom velhinho atrai amigos do casal. A felicidade em receber visitas em sua residência, principalmente nesta época do ano, alegra o administrador e encanta Liduina, que vê a felicidade do marido em compartilhar amor e esperança neste período festivo. “Ele chama as pessoas: "vamos lá em casa, gente, vamos lá em casa vê meus Papais Noéis", conta ela.  A convivência com Lopes transmitiu a Liduina o sentimento de carinho e respeito pelo Natal. Ela, que faz questão de frisar que essa paixão pelo Natal e pelo Papai Noel é única e exclusivamente de Lopes, afirma. “Eu colaboro, participo, ajeito, guardo, mas é ele quem tem essa paixão”.

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Diversão
Além de uma simples ornamentação natalina, a presença do bom velhinho diverte e encanta qualquer um. “Eles não estão aqui só de enfeite. Nós convidamos os amigos que têm criança para vir visitar a gente. Ele (Fernando) brinca com os Papais Noéis, deita no chão e bola com os sobrinhos e filhos de amigos. Muitos ficam encantados com a quantidade de bonecos”, detalha Liduina.

Esse espírito natalino da família Lopes, todo ano, faz com que mais um Papai Noel ganhe um lar. Durante a última viagem do casal a Gramado, Rio Grande do Sul, em novembro, cerca de 30 Papais Noéis viajaram para compor o cenário de Natal da casa. Além desses, mais velhinhos chegam a esse lar, por meio de presentes de amigos e familiares.

Embora para Fernando Lopes os Papais Noéis tenham o lado lúdico e sejam uma brincadeira, seu olhar para o bom velhinho é singular. “Eu tenho uma visão bem diferenciada do Papai Noel. Tem um amigo que não gosta de Papai Noel. É um absurdo alguém não gostar dele. O que ele fez de mal? Nada. Agora, aqui é uma curtição. É um negócio de você curtir, de gostar”, explica.

É com um jeito brincalhão, de quem Liduina se orgulha, que Lopes vai se divertindo com seus Papais Noéis. Entre uma troca de afeto que o administrador faz no bom velhinho, há esperança. Entre brincadeira e sinceridade, há inocência. Todos os Papais Noéis espalhados pela casa possuem uma história, um significado e amor. Do que pula, ao que canta e toca. Do imã da geladeira, ao puxador da porta de entrada, a história no Natal por quem sabe conviver com um dos grandes símbolos, evidencia o lado sensível do homem. E não importa a idade.

“O natal é o momento de reconciliação, reflexão, momento de harmonia e de uma aproximação com o próximo. Esse período nos deixa mais sensível”, conclui Liduina sobre o sentimento que eles têm do Natal.

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