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Operação da PF combate contrabando de cigarros no Ceará e em mais seis estados

Dois mandados de busca foram cumpridos em Fortaleza

17:28 | 05/11/2015
A Polícia Federal prendeu sete pessoas nesta quinta-feira, 5, durante a Operação Huno, deflagrada no Ceará e em outros seis estados, com objetivo de desarticular uma quadrilha que atuava no mercado clandestino de cigarros. Em Fortaleza, foram cumpridos dois mandados de busca. 

Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará também integravam o mercado clandestino. No total, foram cumpridos sete mandados de prisão, sete de condução coercitiva e 50 de busca. A PF não divulgou informações sobre como o Ceará participava do esquema. 

A Justiça determinou que os policiais apreendessem, como forma de garantir a futura cobrança de dívida, 59 imóveis, 47 veículos, além de bloqueis de contas bancárias. O patrimônio apreendido está estimado em R$ 80 milhões.

O esquema
A Operação Huno é uma ramificação da Operação Sentinela, iniciada em setembro de 2014 com o propósito de combater crimes de contrabando. Durante essas investigações, a PF identificou a prática de outras infrações penais e tributárias.

Usando empresas de fachada e laranjas, os investigados enviavam tabaco produzido no Brasil para fábricas no Paraguai, o que configura uma situação de irregularidade na exportação. O produto retornava ao Brasil como cigarro industrializado contrabandeado.

O tabaco era enviado também a fábricas de cigarros clandestinas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O grupo investigado poderá responder por diversos crimes, como associação criminosa, receptação e falsificação de documentos, sonegação fiscal, exportação irregular de fumo, contrabando de cigarros, adulteração de produtos entregues a consumo e pirataria de marcas registradas.

Estima-se que os criminosos tenham gerado prejuízos próximos a R$ 2,3 bilhões apenas com tributos não recolhidos.

"Huno"
A operação foi batizada de Huno em referência aos nômades hunos, que ocuparam territórios através de alianças e assolaram o Império Romano com saques e pilhagens.

A ação ocorreu em parceria com a Receita Federal e a Procuradoria da Fazenda Nacional. Mais de 200 policiais participam da ação - que conta com a ajuda de 90 servidores da Receita e quatro procuradores da Fazenda Nacional.  

Redação O POVO Online e Agência Brasil
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