PUBLICIDADE
Notícias

Morte de bailarina: Anderson já havia quebrado elevador do prédio de Ana Carolina, diz Polícia

Com o suspeito, a Polícia apreendeu 700 dólares, 80 libras e R$ 800. "Ele disse que era dele, mas eu desconfio que fosse da Ana Carolina", disse o titular do 95º DP de São Paulo

12:58 | 05/11/2015

O réu confesso do assassinato da bailarina cearense Ana Carolina de Souza Vieira vivia uma relação conturbada com ela. Em uma das brigas, ele chegou a quebrar o elevador do prédio da jovem, na zona sul de São Paulo. “Ele morava em Fortaleza, mas vinha constantemente. Há uns seis meses, destruiu o elevador do prédio dela, causando prejuízo ao condomínio”, citou o delegado titular do 95º DP (Heliópolis) do Estado, Carlos César Rodrigues.

Anderson Rodrigues Leitão, 27 anos, foi preso por volta das 15 horas de quarta-feira, 4, nas imediações do prédio da ex-namorada. O corpo da jovem foi encontrado na cama do apartamento dela, em estado de decomposição. “O odor forte chamou atenção dos vizinhos, mas ele continuava orbitando lá dentro. Ainda tentou disfarçar o cheiro com incensos", relata o delegado.

[SAIBAMAIS 3] O suspeito teria saído do prédio dela por volta das 10 horas da manhã de quarta-feira, 4, mas continuou perto do local do crime. Quando viu os policiais, que desconfiaram dele, tentou entrar em um táxi, mas foi detido. "A equipe reconheceu ele pelas características fornecidas pelo porteiro. [Anderson] foi surpreendido por um dos policiais de moto que faziam a busca. O suspeito portava uma quantia em dinheiro, além do documento de identidade da Ana Carolina", diz o titular do 95º DP.

Com o suspeito, a Polícia apreendeu US$ 700, R$ 800 e 80 libras. "Ele disse que era dele, mas eu desconfio que fosse da Ana Carolina. Mas como foi um crime passional, ele não está sendo indiciado por latrocínio”, completa Carlos César, que concedeu entrevista ao O POVO Online na manhã desta quinta-feira, 5.

Segundo a investigação da Polícia Civil de São Paulo, Anderson entrou no prédio no último domingo, 1º, e no dia seguinte matou a ex-namorada por estrangulamento. Para o delegado, é comum homicidas pernacerem próximo ao local do crime.

No registro do prédio, o suspeito constava como cônjuge de Ana Carolina. "Ela morava em São Paulo desde 2014, depois ela teria barrado a entrada dele. Mas não foi um arrombamento, ele entrou no apartamento com o aval dela no dia do crime. No local também não foram localizados sinais de luta. As marcas de unha no pescoço dele podem ter sido feitas quando ela tentava se defender", avalia.

 

TAGS