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Morte bailarina: Família espera atestado de óbito para cremar corpo de Ana Carolina

O atestado de óbito da bailarina cearense ainda não foi liberado, mas a expectativa é que seja emitido na manhã deste sábado, 7. Para o irmão da jovem, Anderson foi "dissimulado'' e manipulou a família

16:54 | 06/11/2015

A cremação da bailarina cearense Ana Carolina de Sousa Vieira ainda não tem data definida, conforme a família. Duas cerimônias de despedida serão realizadas em homenagem à jovem, uma em São Paulo e outra em Fortaleza, informou o irmão dela, Igor de Sousa, 27 anos.

Segundo ele, os familiares aguardam o atestado de óbito da bailarina para marcarem a cremação em uma funerária de São Paulo. “Só depois disso é que podemos ver a data da cremação, mas é possível que esse atestado seja liberado na manhã deste sábado, 7”, detalhou em entrevista ao O POVO Online.

Igor disse que as cerimônias em São Paulo e no Ceará são uma maneira dos amigos da bailarina, nos dois estados, se despedirem. Apesar de conhecer Anderson Rodrigues Leitão, 27, que confessou ter estrangulado Ana Carolina, Igor afirma que ele mostrou indícios de violência depois do término do namoro, há cerca de dois meses.

[SAIBAMAIS 3] “Quando eles namoravam, ele até era normal. Mas depois do término, ele não aceitou, ficou ainda mais ciumento, queria forçar o relacionamento e desgastou a amizade com a família também”, relata. Para o irmão da bailarina, a mãe foi a mais enganada por Anderson.

“Minha mãe é uma pessoa muito bondosa, e ele [Anderson] se aproveitou disso, ficou fazendo um jogo psicológico. Foi para missa com ela, há uma semana foi na nossa casa conversar. Ele é muito dissimulado, era uma pessoa articulada e manipulou minha mãe”, disse Igor. O jovem também lamenta que, além da dor de perder a filha, a mãe sofra com a culpa.

"Ela se sente culpada porque não conseguiu evitar. Mas agora não quero nem saber dele, ele não é uma boa pessoa. Só quero pensar em resolver as coisas da minha irmã", frisa. Alguns familiares prestaram depoimento à Polícia Civil de São Paulo na manhã desta sexta-feira, 6.

Anderson já responde por um termo circunstanciado de violência doméstica contra outra mulher, em Fortaleza, e por tráfico de ilícito (lança-perfume) em Santa Catarina. Com ele, no momento da prisão, foram encontrados US$ 700, R$ 800 e 80 libras. “Ele disse que era dele, mas eu desconfio que fosse da Ana Carolina. Mas como foi um crime passional, ele não está sendo indiciado por latrocínio”, disse o delegado Carlos César Rodrigues, titular do 95º Distrito Policial de São Paulo.

Crime
Após insistir durante dias para conversar com Ana Carolina, Anderson conseguiu autorização para subir no apartamento da bailarina, na madrugada de domingo, 1º.  “A equipe o reconheceu pelas características fornecidas pelo porteiro. (Anderson) foi surpreendido por um dos policiais de moto que faziam a busca”, descreveu o delegado de São Paulo.

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