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Morte bailarina: Anderson banhou Ana Carolina para disfarçar cheiro forte

Mãe da bailarina e irmão de Anderson Rodrigues Leitão, que confessou ter estrangulado a ex-namorada, prestaram depoimento à Polícia em São Paulo. O corpo da cearense deve ser cremado lá, antes de ser trazido para Fortaleza

08:54 | 06/11/2015
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Anderson Rodrigues Leitão, que confessou ter estrangulado a bailarina cearense Ana Carolina de Sousa Vieira, tentou disfarçar o cheiro forte do corpo da ex-namorada com incensos e ventilador. Além disso, ele contou à imprensa de São Paulo, quando estava na carceragem do 95º Distrito Policial, que banhou e maquiou a bailarina morta.

''Coloquei incenso e ventilador para tirar o cheiro. Tinha recebido uma ligação da portaria falando que o cheiro estava forte, aí coloquei o incenso para disfarçar’’, disse ao G1 São Paulo. O réu confesso também disse que arrumou toda a casa da bailarina, comprou veneno de rato para também morrer, mas a substância não teria surtido efeito.

%2b Ouça o áudio de Ana Carolina sobre a perseguição do ex-namorado

''Arrumei ela, banhei ela, maquiei ela, deixei ela normalzinha, sabe? Já trabalhei como representante de uma marca de cosmético, aí fiz a maquiagem dela, deixei ela toda arrumada, sabe, cara? Isso foi por volta das seis a sete horas da noite de segunda-feira”, detalhou. “Queria morrer ali do lado dela. A minha intenção não era só tirar a vida dela. Quando vi o que aconteceu não queria mais viver sem a pessoa que eu amava’’.

A família de Ana Carolina de Sousa Vieira está tentando cremar o corpo da bailarina em São Paulo antes de trazê-lo para Fortaleza. Nessa quinta-feira, 5, a mãe da cearense e o irmão do ex-namorado, Anderson Rodrigues Leitão, que confessou tê-la estrangulado, prestaram depoimento à Polícia. De acordo com o delegado Carlos César Rodrigues, titular do 95º Distrito Policial de São Paulo, não há novidades na linha de investigação.

[SAIBAMAIS 6] Depoimentos
''Cada um defende o lado do seu familiar'', resumiu o delegado. Conforme ele, durante os depoimentos foram destacados os detalhes do relacionamento turbulento de um ano e oito meses. Hoje, devem ser ouvidas uma amiga, a prima e uma tia de Ana Carolina.

Questionado sobre o envio de uma mensagem do celular da bailarina para a mãe, após o crime, onde ela teria escrito que tinha ido à praia, Carlos César disse que o fato ainda não foi confirmado. “Hoje (quinta-feira, 5) o dia foi muito tumultuado. A família volta amanhã (sexta-feira, 6) para mais apurações”, disse. O delegado afirmou que a cremação deverá acontecer em, no máximo, dois dias, devido ao estado de decomposição do corpo.

Anderson já responde por um termo circunstanciado de violência doméstica contra outra mulher, em Fortaleza, e por tráfico de ilícito (lança-perfume) em Santa Catarina. Com ele, no momento da prisão, foram encontrados US$ 700, R$ 800 e 80 libras. “Ele disse que era dele, mas eu desconfio que fosse da Ana Carolina. Mas como foi um crime passional, ele não está sendo indiciado por latrocínio”, disse o delegado.

Imagens
As câmeras de segurança do prédio de Ana Carolina mostram Anderson entrando no edifício por volta de 3h da madrugada de domingo, 1º, e deixando o local na quarta às 10h24, mais de três dias depois. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo de Ana Carolina foi encontrado às 10h37, e Anderson foi preso por volta das 15 horas de quarta-feira, 4.

A mãe da dançarina, Antonia Holanda, deu entrevistas em São Paulo pedindo justiça. "Não vou deixar ele sair e ficar impune por matar uma pessoa que não teve o direito de decidir com quem quer ficar", afirmou.

[FOTO2]

Crime
Após insistir durante dias para conversar com Ana Carolina, Anderson conseguiu autorização para subir no apartamento da bailarina, na madrugada de domingo, 1º.  “A equipe o reconheceu pelas características fornecidas pelo porteiro. (Anderson) foi surpreendido por um dos policiais de moto que faziam a busca”, descreveu o delegado.

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