A jornalista do O POVO, Kelly Hekally, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Mateus após cinco dias internada no local, na tarde desta quinta-feira, 26. A repórter foi transferida para um quarto do centro hospitalar.

Kelly foi atropelada por um ônibus da linha 222-Antônio Bezerra/Papicu/Via Antônio Sales enquanto trafegava de bicicleta na avenida Domingos Olímpio. O motorista do veículo não prestou socorro após o atropelamento.

Segundo relato do estudante e também ciclista, Piero Barbacovi, que presenciou e socorreu a repórter, o motorista teria conduzido o veículo na direção de Kelly depois que ela bateu uma foto do condutor para uma denúncia de irregularidade.
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“Ela estava pedalando na avenida quando foi fechada por um ônibus próximo ao colégio Lourenço Filho. Depois disso, ela resolveu descer da bicicleta para tirar uma foto da placa para realizar uma denúncia da irregularidade. Quando ela tirou a fotografia, o motorista ficou com raiva e jogou o veículo em cima dela”, relatou Piero.

Uma das fotografias registrada pela repórter mostra o rosto do condutor, enquanto a outra identifica a placa e a numeração do veículo.

O advogado de Kelly, Celso Sakuraba, não trata o caso como acidente, mas como um ato criminoso e intencional. Para ele, o motorista do ônibus já pode ter cometido o mesmo ato mais de uma vez contra a repórter. "Ela vai sempre pela mesma rota, no mesmo horário. Esta situação já pode ter sido forçada por ele (o motorista) e acontecido várias vezes", afirmou Celso.