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Alunos e professores relatam más condições de escola estadual

Além da reclamação de alunos e servidores, as más condições também afetam a comunidade. Segundo a Sefor, a reforma do prédio está sendo discutida e o orçamento será definido ainda esta semana

18:59 | 10/11/2015
Alunos e servidores de uma escola da rede estadual, no bairro Granja Lisboa, sofrem com as más condições do prédio. De acordo com relatos, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Michelson Nobre da Silva está com "rachaduras nas paredes, portas quebradas, reboco caindo e encanação ruim". A Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) afirmou que procurou outros espaços para alugar, "mas não há disponibilidade na mesma comunidade". A escola funciona em prédio alugado.
 
De acordo com o Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc), a escola não tem estrutura básica para receber alunos e funcionários. Após uma vistoria realizada por uma comissão do sindicato, na última segunda-feira, 9, a Apeoc declarou que o prédio precisa de uma reforma completa. 
 
Para um dos membros da diretoria do sindicato, Marcos Fabio Matos da Costa, a escola não deveria funcionar da forma que está. "A nossa sugestão foi um debate junto ao Conselho Escolar, os pais e a comunidade em geral para decidir por uma reforma do prédio", afirmou.
 
A reforma poderia ocorrer em caráter de emergência ou oficial. A diferença é que a reestruturação emergencial não assistiria todos os problemas do imóvel e seria feita em menos tempo, enquanto a reforma completa pode demorar para ser concluída.
 
O que diz a comunidade 
 
[SAIBAMAIS3]"A denúncia partiu da própria comunidade. O ideal é que a reforma seja feita o mais rápido possível para acabar com o risco que alunos e professores sofrem todo os dias", afirmou Matos da Costa. Outra reclamação constante é a respeito do "pátio de areia", ambiente fora do ideal para recreação das crianças.
 
Segundo um ex-aluno da escola, José Ivanildo Silva, 22, o prédio está em más condições há anos. "Era comum ter cadeiras e portas quebradas, além da sujeira. O pátio era repleto de lama", disse o mecânico. "Entrei na escola há uns três meses para reclamar da sujeira na calçada e vi que não mudou nada", constatou ao retornar a instituição após cinco anos.
 
O comerciante Cleiton Nascimento, 33, que tem um estabelecimento próximo a escola, reclama da sujeira em frente ao prédio. "Tem muito lixo na calçada, fora a boca de lobo aberta. Nós reclamamos com a direção, até com a prefeitura, mas ninguém resolve nada".
 
Procurada pelo O POVO Online, a direção da Escola Michelson Nobre da Silva preferiu não se pronunciar.
 
Providências
 
A Sefor afirmou, por meio de nota, que esteve reunida com o núcleo gestor e professores da unidade de ensino, na última sexta-feira, 6, para discutir a reforma do prédio. "No momento, elabora orçamento para realizar os serviços com o objetivo de melhorar a estrutura física da unidade de ensino".
 
A decisão orçamentária deve sair ainda nesta semana, quando a Secretaria da Educação (Seduc) definirá por uma reforma de emergência ou oficial. Ainda não há previsão para o início das obras.  
 
Rubens Rodrigues, especial para O POVO Online 

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