Alunos de faculdade protestam contra falta de segurança no local; veja vídeo
Universitários dos cursos de Psicologia, Publicidade e Propaganda e Serviço Social, matriculados no campus Idelfonso Albano, fizeram uma caminhada do anexo até a sede principal, localizada na avenida Aguanambi
Atualizada às 12h22min de quinta-feira, 5
Alunos da Faculdade Mauricio de Nassau realizaram uma manifestação na noite desta quarta-feira, 4, contra a falta de segurança no anexo localizado na rua Idelfonso Albano, no bairro Joaquim Távora. O ato ocorreu um dia após duas alunas terem sido vítimas de uma tentativa de estupro, em uma parada de ônibus situada no cruzamento das ruas Idelfonso Albano com Padre Valdevino, segundo afirmaram os estudantes.
Universitários dos cursos de Psicologia, Publicidade e Propaganda e Serviço Social, matriculados no campus Idelfonso Albano, fizeram uma caminhada do anexo até a sede principal, localizada na avenida Aguanambi, no bairro José Bonifácio. Em frente à sede, o grupo exibiu cartazes com frases como "anexo não" e gritaram palavras de ordem.
Os universitários relataram à reportagem casos de assaltos no anexo e nas redondezas, como na parada de ônibus onde ocorreu a tentativa de estupro nesta terça-feira, 3, que fica a quatro quarteirões da instituição. De acordo com a estudante do 4º semestre de Psicologia, Juliana Mesquita, não há policiamento na região, nem segurança adequada no campus Idelfonso Albano.
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Segundo os alunos, tem estudante que já foi assaltado mais uma vez na região. Eles afirmam que o campus não possui estrutura para receber os alunos e que não sabiam que iriam estudar no anexo, quando fizeram a matrícula. O grupo relata que as paradas de ônibus são longe da faculdade e inseguras.
"Quando a gente faz a matrícula, não sabemos que vamos estudar no anexo. Lá é distante, muito perigoso, não tem iluminação. Teve uma aluna que já foi assaltada dez vezes, em um ano e meio. Não tem estrutura no anexo, não têm livros suficientes na biblioteca. Aqui (na sede), têm paradas próximas, tudo próximo. O anexo está totalmente abandonado", disse a estudante do 4º semestre de Psicologia, Bárbara de Alencar.
Casos relatados
De acordo com os universitários, dois homens teriam tentado estuprar duas alunas na parada de ônibus situada no cruzamento das ruas Idelfonso Albano com Padre Valdevino, mas elas conseguiram fugir. Um delas tentou atravessar o cruzamento e foi atingida por um moto. Os estudantes contaram que a garota está hospitalizada.
Os universitários afirmaram que a lanchonete da instituição já foi assaltada, em 2014. Eles também relembraram o caso de assalto a alunos e um professor dentro da sala de aula, no ano passado. Na época, três homens se fingiram de estudantes para realizar a ação criminosa.
Segundo a universitária Jéssica da Mota, uma aluna grávida foi assaltada na porta da instituição, neste ano.
Novo protesto
Os alunos prometeram realizar um novo protesto em frente à sede principal, nesta quinta-feira, 5, a partir das 17h, e querem uma solução para a insegurança. Procurada, a Faculdade Maurício de Nassau, unidade Fortaleza, disse que era solidária à aluna Ana Vládia Fernandes, estudante de Psicologia e vítima de um assalto na rua Padre Valdivino.
"Infelizmente, a falta de segurança pública tem sido um problema para estudantes e população da região e contamos com o apoio das autoridades na busca de melhorias neste sentido, beneficiando a todos. Reforçamos nosso compromisso em oferecer educação de qualidade e buscar alternativas para garantir a segurança e bem estar de nossos estudantes", justificou a faculdade, em nota.