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Justiça nega habeas corpus para Cristiane Renata, acusada de matar filho envenenado

Presa desde o último dia 8 de maio, ela teve sua versão esvaziada pelo resultado dos exames toxicológicos. Laudos mostraram que Cristiane não tinha ingerido álcool ou substâncias tranquilizantes no dia do crime

15:21 | 02/10/2015
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou pedido de liberdade para Cristiane Renata Coelho Severino, acusada de envenenar e matar o filho dela com o subtenente Francilewdo Bezerra Severino e tentar matar o militar, também envenenado. O caso foi julgado em sessão realizada na última terça-feira , 29, mas a decisão foi divulgada somente nesta sexta-feira, 2.

Segundo o desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo, a prisão da acusada não deve ser revogada para manter a ordem pública e pela periculosidade de crime. “[A prisão provisória ] denota a necessidade de resguardar a ordem pública, pois a acusada [Cristiane], teria, em tese, planejado, com meses de antecedência, a morte de seu companheiro, e mais grave, de seu filho", frisou.

A defesa de Cristiane pediu a revogação da prisão defendendo ''constrangimento ilegal pela falta de fundamentação no decreto prisional’’. O pedido foi negado por unanimidade, seguindo o voto do relator Haroldo.

O magistrado ainda entendeu a substituição das medidas cautelares como inadequada. "Justifica-se em razão da gravidade concreta da conduta, não se mostrando, pois, suficiente para atender às exigências do caso", completou.

[SAIBAMAIS 5] No final de junho, os laudos da Coordenadoria de Análises Laboratoriais da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontaram que Cristiane Renata Coelho, 41, não ingeriu álcool ou o medicamento rivotril (clonazepam) no último dia 11 de novembro, data em que seu filho foi morto e seu ex-marido envenenado.

Desde a ocasião do crime, Cristiane afirma que, naquele dia, ela teria sido agredida pelo ex-marido, o subtenente do Exército Brasileiro Francilewdo Bezerra Severino, 45. O militar ainda a teria obrigado a tomar vários comprimidos de rivotril com vinho “para ela não ver a besteira que ele iria fazer”, alega. Em seguida, o subtenente teria envenenado o próprio filho e tentado suicídio, também por envenenamento.

Depois de prestar depoimento, ainda no hospital, Francilewdo teve a prisão preventiva revogada pela Justiça. Aos poucos, as investigações policiais apontaram para o contrário da versão da mulher, que está presa desde o último dia 8 de maio.

Redação O POVO Online
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