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Condições de presídio assustam imigrantes presos no Ceará

Grupo foi preso pela Polícia Federal em 31 de agosto

15:23 | 09/10/2015
O grupo de cinco paquistaneses e um afegão preso há mais de um mês na Unidade Prisional Desembargador Adalberto de Oliveira Barros Leal, presídio conhecido popularmente como Carrapicho, em Caucaia, tem enfrentado bastante dificuldade no local por causa de sua cultura e religião. De acordo com a advogada Amélia Coelho, da Pastoral do Migrante, que está prestando apoio humanitário no caso e teve contato com os imigrantes na unidade prisional, eles estão assustados com as condições na penitenciária e reclamaram da situação.

"Eles não comem carne de porco, estavam sem se alimentar. Comer carne de porco na religião deles é um pecado muito grave. Estavam com manchas no corpo e, um deles, com uma infecção no olho. A água que eles bebem e tomam banho parece que não é potável. Eles também reclamaram da temperatura do local e de mosquitos. A expressão deles é de medo", relatou ela. A Pastoral do Migrante tem ajudado o grupo e levado alimentos e água mineral", disse Amélia.
[SAIBAMAIS2]
Os estrangeiros devem ser soltos do presídio na tarde desta sexta-feira, 9, após decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que concedeu a liminar em habeas corpus para o grupo. O grupo foi interceptado pela Polícia Federal em 31 de agosto deste ano, juntamente com um brasileiro, quando se dirigia ao Porto do Pecém, onde embarcaria rumo ao Canadá de forma clandestina.
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