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Profissionais que atuaram no caso Paracuru se emocionam após conclusão do inquérito; veja vídeo

Inquérito foi concluído e Marcelo Barbarena Moraes, 37, foi indiciado por duplo-homicídio triplamente qualificado

21:36 | 01/09/2015
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O trabalho dos peritos, escrivães, inspetores e delegados da Polícia Civil acerca do caso em Paracuru fez com que o principal suspeito do caso confessasse o crime em menos de 24 horas. Em nove dias, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte de Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38, e a filha de oito meses de idade, Jade Pessoa de Carvalho Moraes, e indiciou Marcelo Barbarena pelo duplo-homicídio triplamente qualificado.  

 

O sentimento de dever cumprido estava no semblante dos quase 100 funcionários da Divisão de Homicídios e Proteção á Pessoa (DHPP). O envolvimento por parte dos profissionais, que em diversas vezes foram vistos emocionados ou demonstraram um engajamento com o caso, motivou O POVO a colher as impressões dos profissionais da área criminal que atuaram nessa situação incomum, que envolvia a morte de um bebê e da mãe da criança.

"Eu tenho aproximadamente 15 anos que atuo como perito criminal. Já me deparei com vários casos, mas nunca desse tipo, em que o pai tirasse a vida de uma criança indefesa, da própria filha, depois de Paracuru eu não consegui dormir, por vezes sonhei com a mancha de sangue daquela criança no berço. Eu pensava nos meus próprios filhos", lamentou.

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Para Antoniel, o sentimento é de dever cumprido, por estar tirando uma pessoa que não tem condição de viver com a sociedade.

A escrivã Sulamita de Sousa, que trabalha há 15 anos na Polícia Civil, diz não há como não se envolver. “A gente diariamente convive com ocorrências de homicídios. A gente é preparada a não se envolver. Somos preparados para não adoecer. Mas tem casos que a gente se envolve mesmo”, comentou.

A funcionária explica que a primeira imagem que teve acesso mostrava a criança lesionada nas costas e que ficou abalada. Ela relatou que em determinados momentos se viu emocionada ao ponto de ter que se retirar de determinadas situações.

 O escrivão Rodrigo comentou que são aproximadamente 100 servidores e que cada um tentou colaborar como pôde. “Já é normal esse empenho aqui na DHPP, mas nesses casos entra algo além do profissional”, comenta.

Para ele a cena que mais marcou foi a retirada do bebê da casa, nas mãos do perito que estava aos prantos.

 Segundo o perito Antoniel, uma das peças chave para que o caso fosse elucidado foi a perita Sônia, ela fez a primeira perícia no local e encontrou a arma utilizada no crime dentro do bebê conforto, que estava localizado no quarto em que Marcelo havia passado a noite.

 Horas após o crime a perita de um depoimento emocionado ao O POVO relatando que já estava terminando a perícia quando viu o bebê conforto e solicitou que fosse vistoriado. A arma, um revólver calibre 38, estava por dentro do forro. Na última segunda-feira, 31, o laudo de comparação balística confirmou que o projétil encontrado na residência saiu do revólver recolhido.

“A gente fica imaginando como alguém tem sangue frio para retirar a vida de um inocente que não tem nenhum tipo de defesa. É muita maldade”, lamentou.

 Delegada

A diretora da DHPP, delegada Socorro Portela, que presidiu o inquérito, relatou que se emociona, não só em casos que envolvem crianças, mas em todos os que passam pela Especializada. Ela se considera uma pessoa a favor da vida.

“Todos os casos eu me emociono, mas vou atrás das provas para indicar quem é realmente o culpado”, explica. “Gostaria de enaltecer o trabalho dos policiais da Divisão. É o fortalecimento, resultado positivo e a resposta. Quero agradecer aos peritos e ao delegado geral que nos apoia em todos os crimes”, comentou.

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