Após realização de protesto por garis, em frente à sede da Prefeitura de Fortaleza, na última terça-feira, 2, reivindicando verbas rescisórias em atraso e demissão de trabalhadores, as três empresas que formam o consórcio "Fortaleza Limpa" deverão executar os pagamentos.

O acordo foi firmado em audiência pública, nesta quarta-feira, 9, pelo Ministério Público do Trabalho do Ceará (MPT-CE). A Construtora Samaria garantiu o pagamento até sexta-feira, 11, por meio de depósito em conta corrente dos trabalhadores demitidos. A empresa Marquise pediu prazo até próxima terça-feira, 15, para formalizar uma proposta junto ao MPT-CE e ao sindicato. Já a Construtora Maciel solicitou a relação dos funcionários à Cooperativa dos Caçambeiros Autônomos do Estado do Ceará (Cocace) para cálculo do valor a ser repassado.

O diretor do Sindicato de Asseio, Conservação e Limpeza Pública do Estado (Seeaconce), Amadeus Oliveira Paixão, afirmou, durante audiência, que a Cocace teria sido contratada pelo consórcio para executar limpeza de ruas, canais e coleta de lixo na Capital. “É o que a gente conhece por ‘quarteirização’ do serviço. O fato é que começaram a demitir garis sem explicação e atrasar o pagamento dos salários de quem ainda está trabalhando", disse. De acordo com o sindicato, 450 garis foram demitidos desde julho. 

De acordo com informações do MPT-CE, representantes da Prefeitura afirmaram que a subcontratação dos serviços por parte do consórcio é permitida. Sobre a denúncia de atraso no pagamento das construtoras, a Secretaria Municipal de Finanças afirma que não houve tempo hábil para averiguar a situação. Os trabalhadores também reclamam de condições precárias de trabalho e falta de segurança para a prestação dos serviços de limpeza.

 

 

Redação O POVO Online