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Trabalhadores da construção civil protestam em Fortaleza

Paralisações em canteiros de obras da capital marcam o primeiro dia de greve da categoria. Sindicato patronal diz que oferece reajuste correspondente à inflação

09:23 | 01/07/2015
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Atualizada às 12 horas

Os operários da construção civil paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira, 1°, com protestos em vários pontos de Fortaleza, como avenida Santos Dumont, Cocó, Praia do Futuro e Engenheiro Santana Júnior. Os atos integram a campanha salarial da categoria e marcam o primeiro dia de greve, com a realização de uma assembleia na Praça Portugal, de 9 às 12h.

A Autarquia de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) informou que seis agentes, em duas viaturas, orientam o trânsito. Os trabalhadores exigem 14% de reajuste salarial, aumento no valor da cesta básica para R$ 130 e plano de saúde, conforme o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF).  As empresas, por meio do sindicato patronal, oferecem 7,68% de aumento no salário, que corresponde à inflação de março, e cesta básica de R$ 96.

%2b Confira a galeria de fotos do protesto

Segundo o coordenador geral do STICCRMF, Nestor Bezerra, a assembleia sinaliza a greve, que não tem previsão para acabar. "Podemos encerrar a greve amanhã ou até próxima semana, depende dos empresários, que precisam trazer proprostas melhores", disse.
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"Todos os canteiros de obras estão parados e em breve queremos alcançar os setores da RMF, como Eusébio. A greve foi votada na quinta-feira passada e já deixamos claro que o reajuste proposto é inviável", frisou Nestor. Entre os trabalhadores, estão pedreiros, serventes, bombeiros hidráulicos, capinteiros, auxiliares e mestres de obras.

"Essa mão-de-obra é essencial em qualquer canteiro, mas os empresários insistem em não dar valor. Vamos parar todos os dias e no final de cada tarde fazer assembleias para discutir os próximos passos", completou o coordenador. O sindicato dos trabalhadores estima que cerca de 2 mil pessoas participam dos protestos, nesta quarta-feira, 1°.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE) disse, em nota, que a greve é ilegal e abusiva. "Além de estarem descumprindo o interdito proibitório, que é uma ordem judicial, estão ainda cometendo os crimes de invasão, depredação de canteiros e ameaça aos trabalhadores", completou.


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