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Trabalhadores da construção civil protestam em Fortaleza pelo 2° dia consecutivo

Grupo faz uma assembleia na Praça Portugal, de onde deve seguir em passeata por ruas da cidade, a partir das 11 horas. Destino ainda não foi revelado

09:49 | 02/07/2015

Atualizada às 10h40min

A greve dos trabalhadores da construção civil segue com paralisações em canteiros de obras de Fortaleza, na manhã desta quinta-feira, 22. Os operários bloquearam o trânsito nas avenidas Santos Dumont e Pe. Antônio Tomás e realizam uma assembleia na Praça Portugal. A previsão é que o grupo siga em passeata, por volta das 11 horas, com destino não divulgado.

"O objetivo é nos reunirmos na Praça Portugal e daqui seguir para uma passeata grande, que deve contar com milhares de trabalhadores. Quem vai dizer quando acaba essa greve são os empresários, pois já tentamos várias vezes negociar", explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Geraldo Magela.

 [SAIBAMAIS 2] Os trabalhadores exigem 14% de reajuste salarial, aumento no valor da cesta básica para R$ 130 e plano de saúde. As empresas, por meio do sindicato patronal, oferecem 7,68% de aumento no salário, que corresponde à inflação de março, e cesta básica de R$ 96 (aumento de R$ 6).

Para Magela, as propostas do são injustas e apenas cumprem o que já é lei. "Eles jogam gasolina em uma fogueira. Esse negócio de corrigir a inflação não é mais do que a obrigação. Um aumento de R$ 6 na cesta básica não dá pro trabalhador comprar nada, o que a gente compra com esse valor por mês? É muito pouco pra uma uma família", disse.

"A gante já cedeu, mas nós oferecemos o que é possível de acordo com a situação econômica do País. Nos últimos quatro anos, conseguimos ganhos reais e uma série de benefícios pros trabalhadores, como auxílio acidente, 14° salário (participação de resultados). Se o operário tem cursos, ainda ganha um acréscimo de 5% nos salários", calculou o vice-presidente da área trabalhista do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), Fernando Pinto. 

O primeiro dia de greve dos trabalhadores foi sinalizado nessa quarta-feira, 1°, quando os operários se reuniram na Praça Portugal e reivindicaram os benefícios. Em nota, o Sinduscon disse que a greve era abusiva e ilegal, com operários cometendo crimes de invasão, depredação de canteiros e ameaça.

Redação O POVO Online
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