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''Deu errado'', dizia mensagem no celular do acusado de matar gaúcha no Jacarecanga

Polícia capturou homem que atirou e um adolescente de 17 anos, que deu apoio ao latrocínio. Acusado de negociar peça do carro da vítima também foi preso

12:11 | 20/07/2015
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Uma mensagem de texto no celular de Italo Alves de Sousa, 18 anos, ajudou a Polícia Civil a desvendar a morte da auxiliar de cozinha Sílvia Suzana Lopes Oliveira, 45 anos, encontrada morta na última quinta-feira, 16, no bairro Jacarecanga. Ele confessou ter atirado na vítima após ser confrontado pelos policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As informações foram repassadas pela Polícia na manhã desta segunda-feira, 20, em coletiva de imprensa.

Italo foi detido na madrugada do domingo, 19, junto com um adolescente de 17 anos e Marcos Antônio Moraes, 32 anos, este último que negociava a compra do som do carro de Sílvia, um Celta preto de duas portas. “Depois que a Polícia encontrou o corpo, iniciamos as buscas e populares nos informaram que viram a mulher sendo jogada de um carro. O Italo e o adolescente de 17 fugiram no veículo da vítima, e Marcos Antônio costumava comprar os roubos deles”, detalhou a diretora da DHPP, Socorro Portela.

Os três foram capturados durante abordagem no bairro Bela Vista, onde moravam, e, inicialmente, negaram o crime. “O desaparecimento dela foi divulgado nas redes sociais, pois ela tinha o hábito de dar carona pros colegas do restaurante onde trabalhava, mas não apareceu na sexta-feira. Ela foi abordada por Italo e pelo adolescente quando entrava em sua residência, no Benfica”, relatou a delegada Cláudia Guia Oliveira, que também participou da investigação.

Sílvia morava no Benfica com as duas filhas de 16 e 18 anos, mas foi assassinada com dois tiros nas costas por volta de 1 hora da manhã de quinta-feira, 16, na rua Oto de Alencar, próximo à sede Corpo de Bombeiros Militar. Italo contou no depoimento à Polícia que ela foi levada porque eles achavam que o carro possuía dispositivo de segurança, mas como ela gritava muito, pedindo socorro, foi jogada do veículo e baleada.

Na última sexta-feira, 17, a Polícia compareceu ao enterro de Sílvia e recebeu informações de que o carro dela estava sendo ofertado com a placa original por um homem conhecido como ''Carlinhos”, nas proximidades do supermercado Extra Montese. “Falamos com o ex-marido da vítima e outros familiares para colher informações. Sabendo da venda do carro, realizamos buscas na Bela Vista e capturamos Italo e Marcos. O Italo delatou o adolescente e descobrimos ainda que ele tinha mandado mensagem sobre o crime, dizendo que 'deu errado'”, explicou Socorro.

A arma utilizada no crime, conforme o acusado, seria um revólver calibre 22, que ele contou ter adquirido na Feira da Parangaba e se livrado logo após ter matado Sílvia. Italo foi autuado por latrocínio, pelo artigo 157, e por corrupção de menor, artigo 244. Ela já havia sido autuado quando era adolescente em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por roubo. O adolescente foi encaminhado à Delegacia de Criança e do Adolescente (DCA) e autuado em ato infracional, também por latrocínio. Marcos foi autuado por receptação e tinha ficha limpa.

Sílvia era ex-mulher de um empresário do ramo de publicidade e trabalhava em um restaurante no bairro Benfica, perto de sua residência. Gaúcha, ela morava há 18 anos em Fortaleza.  

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