A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou chuva em 71 municípios cearenses, durante a madrugada desta sexta-feira, 3. A cidade com a maior precipitação, de 7 horas de quinta-feira, 2, até 7 horas de sexta-feira, 3, foi Pedra Branca, que registrou 80 mm. Em Fortaleza, a maior chuva foi registrada no posto Pici, que apontou 16.4 mm.

A precipitação de Pedra Branca, localizado na mesorregião dos sertões cearenses, superou em cerca de três vezes a média histórica do município, que é de 26,8 mm. "Para essa época do ano, é uma chuva considerada alta. Ano passado, não choveu nada na cidade no mês de julho", explicou o meteorologista da Funceme, Leandro Valente.

Segundo ele, as chuvas nos meses de junho e julho são influenciadas pelo sistema atmosférico chamado de Ondas do leste, que se forma no oceano Atlântico e contribui para precipitações significativas. "As chuvas observadas nas últimas semanas podem trazer eventos isolados para o litoral do estado até agosto. A incidência é principalmente na região Jaguaribana e Central do Estado, mas não descartamos ocorrências em outros pontos, como no Cariri", frisou.

A maior chuva da capital cearense foi registrada na madrugada do dia 4 de janeiro, quando foram acumulados 132 mm. Nesta sexta-feira, 3, o posto da Água Fria apontou 11 mm, mas as precipitações continuaram durante a manhã, deixando alguns pontos da cidade alagados, conforme leitores. Veja o vídeo:
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Outros municípios com as maiores chuvas do Ceará foram: Pacatuba (75 mm), Itaitinga (73 mm), Guaiúba (70 mm), Senador Pompeu (68 mm), Guaramiranga (62,2 mm), Maranguape (51 mm) e Pacoti (47 mm). A previsão ao longo do dia é de nebulosidade variável e com chuvas no centro-norte, segundo a fundação. No sul do estado, há possibilidade de chuvas isoladas.

Possibilidade de seca mais longa
Segundo O POVO publicou na quinta-feira, 3, as chances de mais um ano com influência do fenômeno El Niño na pré-estação chuvosa do Ceará, entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2016, são de 85%. As médias históricas de chuva para o segundo semestre não ultrapassam 10 milímetros. A exceção é dezembro, com 29, 2 milímetros, já configurando a pré-estação chuvosa.