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Reitor do IFCE afirma que não haverá cortes nas unidades

Mesmo com a promessa de manutenção do financiamento para os campi do IFCE, os sindicatos dos professores e dos servidores devem manter o indicativo de greve. Problemas estruturais e retirada de benefícios são as principais motivações

15:49 | 11/06/2015
Atualizada às 20h41min
O reitor Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Virgílio Augusto Sales Araripe, afirmou que não haverá cortes no custeio para o IFCE. O anúncio da redução da verba, feito na última terça, 9, causou apreensão dos servidores e professores da instituição. Caso fosse concretizado a interrupção do financiamento, as unidades sofreriam uma perda de 40% do envio de verbas federais. Mesmo tendo garantia do investimento, 14 das 26 unidades do Instituto no Ceará já aprovaram o indicativo de greve. No próximo dia 19haverá uma reunião na unidade de Fortaleza para votação da paralisação.
 
Mesmo com a garantia do financiamento sem cortes, a greve não foi descartada pelo Sindicato dos Servidores do IFCE (SINDSIFCE), que representa também os professores da instituição. “O aumento que foi dado pela greve de 2012 não supriu nem a inflação. Mas outros motivos levam à greve, como a retirada da flexibilização da jornada dos servidores técnico administrativos - que passariam a trabalhar 30 horas ao invés das 40h após a apresentação de um curso; a ascensão do salário após uma capacitação dos servidores”, avisou o professor Josias Valentim, integrante da diretoria colegiada do SINDSIFCE.  
 
O reitor garantiu que, na reunião com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif), apresentou a situação do IFC para sensibilizar a manutenção da verba. “Nessa reunião, nos garantiram que não teremos cortes nos nossos custeios. Todos os valores estão garantidos, isso é um alívio para nós. Com todas as garantias de funcionamento, as atividades estarão normais. Tudo como já estava planejado”, informou o reitor.

Além dos servidores da reitoria do IFCE, em Fortaleza, os campi de Acaraú, Camocim, Canindé, Iguatu, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Sobral, Tabuleiro do Norte, Tianguá e Ubajara também aprovaram o indicativo de greve. Em Limoeiro e Tabuleiro, a aprovação aconteceu em assembleias nesta terça, 9, por unanimidade. Em Quixadá, foi aprovado nesta quinta-feira, 11.

Os campi, segundo o professor Valentim, estão em processo de sucateamento, sem investimento. Outro ponto importante é o valor do vale alimentação (R$ 363) e auxílio creche (R$ 64) que, segundo o professor, são os mais baixos entre os Institutos Federais do País.
Em relação às demais pautas reclamadas pelo sindicato, o reitor do IFCE desmentiu qualquer sucateamento. "Estamos com 23 campi funcionando plenamente e outros três recém-implantados", disse, acrescentando que o Instituto já concedeu o regime de 30 horas semanais a 196 técnicos administrativos e que os valores dos auxílios alimentação e creche são definidos por Lei.
 
Redação O POVO Online 
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