Trabalhadores da construção civil de Fortaleza realizaram mais uma manifestação nesta terça-feira, 5. A categoria protestou no cruzamento da avenida Rogaciano Leite com a rua Thompsom Bulcão, bairro Luciano Cavalcante, próximo à Câmara Municipal. O ato faz parte da campanha salarial da categoria, que reivindica 14% de reajuste, e é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores  da Construção Civil (STICCRMF).

Entre as reivindicações dos trabalhadores, está o avanço nas negociações da campanha salarial, referente ao ano de 2015; revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram regras para o seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença e abono salarial; e o arquivamento do Projeto de Lei 4330/2004, que regulamenta contratos de terceirização.

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Sinduscon

Em nota enviada ao O POVO Online, o Sindicato das Construtoras (Sinduscon-CE) informou que continua aberto ao diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores  da Construção Civil (STICCRMF) para buscar um acordo para a categoria. "Portanto, nada justifica os atos de vandalismo novamente ocorridos na manhã desta terça-feira, dia 5, com depredações de canteiros, ameaças a trabalhadores e fechamento de ruas, impedindo o livre direito de ir e vir do fortalezense", disse o Sinduscon.

"Ao todo, já foram realizadas cinco rodadas de negociações, intermediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), sem que aja consenso devido à insistência na manutenção de uma pauta fora da realidade econômica do país, exigindo 14% de reajuste dos pisos, valor correspondente ao dobro da inflação do período (INPC de 7,68%). Além disso, a pauta inclui outras reivindicações, como a criação de estacionamento nos canteiros de obra e auxílio combustível para veículos, entre outros que, somadas, chegam a representar mais de 50% de aumento", completou o Sindicato em nota.

Benefícios dos trabalhadores da construção civil, segundo o Sinduscon:

- Participação nos resultados, o que representa um 14º salário anual;

- Café da manhã e almoço gratuitos;

- Auxílio alimentação;

- Seguro de vida;

- Jornada de trabalho de 42,5 horas;

- Desconto do Vale Transporte de 1,5%, em vez dos 6% previstos na legislação;

- Adicional de 5% sobre os salários para cursos de aperfeiçoamento técnico – profissional;

- Complementação do auxílio doença por 90 dias;

- Estabilidade para pré-aposentado;

- 120 dias adicionais de estabilidade para gestante.

Redação O POVO Online