A Razão de Mortalidade Materna (RMM) no Ceará diminuiu em 26,8% no ano passado, com redução de 82,5 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2013 para 60,4 em 2014. Ano passado, 77 mulheres morreram em partos nos 54 municípios cearenses, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) divulgado nesta quarta-feira, 28.

Em 2011, 2012, e 2013 foram, respectivamente, 87, 115 e 109 óbitos maternos. Além disso, a Sesa informou que foram notificados, no ano passado, 2.534 óbitos de mulheres em idade fértil e investigados 77,1%. A morte de mulheres por causas relacionadas à gravidez, aborto, parto e pós-parto são quase sempre evitáveis.

No Ceará, a Rede Cegonha presta serviços integrados nas 22 regiões de saúde. O programa do Ministério da Saúde tem o objetivo de atender todas as brasileiras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde a confirmação da gestação até os dois primeiros anos de vida da criança.

A Rede assegura às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério (período pós-parto) e, às crianças, o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Dados
No período de 1998 e 2014, foram confirmadas 1.802 mortes maternas por causas obstétricas diretas e indiretas, com média da RMM de 78,1, número considerado alto segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os maiores indicadores no período foram registrados nos anos de 1998 (93,7) e 2012 (90,6) e os menores em 2006 (66,7) e 2014 (60,4).

Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, a Razão da Mortalidade Materna passou de 143 por 100 mil nascidos vivos em 1990 para 70 em 2010. Em estudo, o Ministério explicou que a redução de 51% é “notável”, mas diminuir ainda mais esse índice é um desafio.