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Mãe de PM baleado teme por sequelas e diz que o filho foi prejudicado duplamente

Dona Rosângela Scarcela acredita na inocência de Kaleb e diz que o filho foi prejudicado duplamente, pelo ferimento e pelo processo de tentativa de homicídio que deve responder

22:34 | 14/05/2015
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"Meu filho estava no lugar errado e na hora errada". É assim que a mãe do soldado da Polícia Militar Higor Kaleb Scarcela Pereira, 27, descreve a situação desastrosa em que o filho se envolveu na tarde desta quarta-feira, 13, no bairro Joquéi Clube, ao ser baleado por uma equipe de policiais federais.

Dona Rosângela Scarcela defende a atitude do filho e diz que ele agiu em defesa dos miliares fardados por pensar que estavam sendo rendidos por bandidos. A mãe ainda se preocupa com possíveis sequelas que possam atingir Kaleb.

"Ele saiu de casa por volta das 17 horas. Ele trabalha na 1ª Cia do 5º Batalhão e esse é o nosso trajeto. Ele sai de casa, pega a Porto Velho e depois a Lineu Machado, de motocicleta. Ele parou no sinal da Lineu Machado e do lado tem um posto de gasolina. Ele avistou movimentação e viu um pm sendo rendido por um dois homens a paisana que estavam com a arma na cabeça do PM fardado. Ele pensou que se tratava de uma ação criminosa e desceu da moto em defesa. Ele ainda foi perseguido e levou dois tiros", comenta.

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Kaleb passou por uma cirurgia no Instituto Doutor José Frota (IJF) e colocou pinos. Ele levou dois tiros, um no braço e outro no antebraço, teve fratura exposta. A mãe de Kaleb ainda explicou que ele é destro e que o braço atingido foi o direito, o que ele escreve e que também serve como a base para segurar a arma. Para dona Rosângela é uma preocupação ver o filho, que é Formado em educação física, com a possibilidade de ter limitações de movimento.

O PM se encontra na unidade de saúde sob a custódia de policiais militares e deve responder na Justiça por tentativa de homicídio. Sobre uma possível nota de culpa, a mãe disse que o documento foi apresentado a Kaleb ontem no hospital, mas que o soldado é acompanhado pelos advogados da Associação de Profissionais de Segurança (APS). " É um menino bem criado e ele tem familia, se coloque no lugar dele vendo policiais fardados com uma arma na cabeça. Ele agora foi duplamente prejudicado. Ferido e agora com esse processo", lamenta.

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