No Brasil, 10,8% dos brasileiros ainda mantém o hábito de fumar, a maioria é homem (12%), enquanto as mulheres representam 9%. Fortaleza  é a capital com menor frequência de homens fumantes, apenas 8,6%, seguida por outras cidades nordestinas. Entre 2006 e 2014, a queda no percentual de fumantes do País foi de 30%.

Os dados são da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2014, do Ministério da Saúde (MS), que demonstram ser o uso de cigarros mais frequente na faixa etária entre 45 e 54 anos e menor entre os jovens de 18 a 24 anos. 

[SAIBAMAIS1]Em Salvador, 9% dos homens são fumantes, 9,3% em São Luís, 17,9% em Porto Alegre, 16,2% em Belo Horizonte e 15,6% em Cuiabá. Entre as mulheres, as porcentagens da população são: 15,1% em Porto Alegre, 13% em São Paulo e 15,6% em Curitiba, além de 2,5% em São Luís, 3% em Palmas e 3,1% em Teresina. Conforme o MS, o aumento do preço dos cigarros explica a queda na quantidade de fumantes.  

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), porém, indicam o crescimento do consumo de cigarros ilícitos. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, deve haver mais diálogo e participação dos países de fronteira, principalmente do Paraguai, nas ações de coibição do comércio ilegal. “A política de preços é determinante para coibir o uso e à iniciação ao tabagismo. Outras ações importantes são a proibição da propaganda do cigarro e ao fumo em ambientes coletivos, além da oferta crescente de tratamento para quem quer deixar de fumar. Em 2013, mais de 70% dos brasileiros que tentaram parar foram atendidos pelo SUS”, reforçou Chioro.

A priorização do atendimento de quem deseja parar de fumar, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) pode ser mensurada pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). A PNS revela que, em 2013, 73,1% das pessoas que tentaram parar de fumar conseguiram tratamento, um aumento importante em relação a 2008, quando o índice era de 58,8%.No dia 31 de maio comemora-se o Dia Mundial sem Tabaco.