A campanha de vacinação contra o sarampo em Fortaleza e Caucaia foi prorrogada até o dia 2 de maio, divulgou a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). A campanha, que havia sido finalizada no último sábado, tem por meta vacinar pessoas da faixa etária de cinco a 29 anos. Até a última sexta-feira, 17, haviam sido notificados no Estado 3.164 casos suspeitos de sarampo, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Sesa. Foram confirmados 796 casos. O surto permanece em sete municípios – Fortaleza, Caucaia, Horizonte, Trairi, Itaitinga, Guaiúba e Aquiraz.

Levantamento parcial realizado na última semana aponta cobertura vacinal de 64% da população em Fortaleza e 27% em Caucaia, que concentram, cada um, 41 casos de sarampo confirmados em 2015, que representam 82% dos casos confirmados no ano. Na Capital, a meta é vacinar 1.125.085 pessoas e 164.517 em Caucaia, totalizando 1.289.602 pessoas, mesmo aquelas já vacinadas contra a doença, com meta mínima de cobertura de 95%. A população-alvo da campanha de intensificação está recebendo uma dose da vacina dupla viral, que também protege contra a rubéola. Em Fortaleza foram imunizadas 722.929 pessoas e, em Caucaia, 44.463.

Não houve nenhum óbito da doença nos 15 meses de surto, mas o sarampo pode matar. Quem já teve a doença não precisa se vacinar. Quem tem entre 30 e 49 anos que nunca foi vacinado ou não tem comprovação de vacinação pode ser imunizado em qualquer dia, na rotina dos postos municipais de saúde, independente do período de campanha. Em todos os 184 municípios cearenses a vacinação é permanente para crianças a partir de 6 meses até 5 anos incompletos.

Outras vacinas
Pessoas que têm alergia a ovo não devem tomar as vacinas, mas a coordenadora explica que nem toda leve reação alérgica, pode ser motivo para não vacinação. "A alergia a ovo que impede a vacinação é quando a pessoa come o ovo e tem um choque anafilático. Algumas vacinas usam o ovo embrionário em sua composição e quem tem alergia grave vai reagir a vacina", orienta.

É comum que, passados os primeiro anos vida em que o número de vacinas é maior, se perca o cartão de vacinação e, com ele, o acompanhamento das imunizações às diversas doenças que podem e devem ser prevenidas com vacinas. Soldatelli define o cartão como uma "certificação de saúde" que deve ser guardado e, se não, refeito em uma unidade de saúde.

Aos adultos que, por vezes, negligenciam a vacinação é importante lembrar de algumas vacinas que ainda devem ser tomadas mesmo quando adultos.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança.

As mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto. Para gestante, as vacinas são contra indicadas. E, mais recentemente, a DTPA é recomendada para mulheres na 27ª semana de gestação.

Para estar imunizado contra a hepatite é preciso ter tomado três doses até os 19 anos. Se não, o adulto deverá tomar duas doses da vacina até os 49 anos. A vacina contra a hepatite pode prevenir cancêr de fígado. Outra vacina que também tem relação na prevenção de cancêr é a de HPV, que pode ser tomada gratuitamente na rede pública em três doses, com intervalos de seis meses, por meninas entre 9 e 13 anos.

Já que pode causar alguns efeitos colaterais, a vacinação contra febre amarela fica restrita a pessoas que moram ou irão viajar para o interior da região Norte e Centro-Oeste do País.

Campanhas fixas de vacinação da rede pública
Sarampo e HPV (1ª doses) em março, Influenza (gripe) em maio, poliomielite e hepatite em agosto, HPV (2ª dose).

Redação O POVO Online