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Apontado como articulador dos ataques a ônibus é preso; cinco coletivos são incendiados

Polícia acredita que Francinei Nobre da Silva tenha ligação com a organização criminosa PCC

17:57 | 13/03/2015
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Atualizada às 21h50min
 
O homem apontado como o responsável pela articulação dos últimos ataques a ônibus - cinco coletivos foram incendiados - foi preso nesta sexta-feira, 13. A informação foi repassada pelo secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Delci Teixeira, durante entrevista coletiva. O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus informou que a categoria optou por recolher os carros e paralisar as atividades das linhas atacadas.
 
Francinei Nobre da Silva, 42, foi detido pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Ele seria um dos chefes do tráfico na área do Bom Jardim e possui antecedentes criminais por homicídio, 10 crimes de roubo, tráfico de drogas, receptação, dois portes ilegal de arma de fogo, furtos, formação de quadrilha (seis procedimentos) e associação para o tráfico. 

Ainda segundo o secretário de Segurança, há a possibilidade de Francinei ser envolvido com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa que, inicialmente, foi formada em São Paulo, pelos principais criminosos da Região. 
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O gestor da SSPDS disse que a Coordenadoria de Inteligência (Coin) trabalha no intuito de identificar as pessoas que estão cumprindo as determinações de ataques a ônibus. Ainda existe a informação de que Francinei teria ligação com dois detentos do sistema penitenciário da Secretária de Justiça (Sejus), que também teriam dado a ordem para os ataques aos coletivos. 
 
De acordo com o informações do titular da DRF, delegado Raphael Vilarinho, com o suspeito também foi apreendido um fuzil AK-47. A arma e o suspeito foram encaminhados à DRF. O delegado ressaltou que as investigações ainda não terminaram e que a operação está em andamento no intuito de prender o restante do grupo.
 
Cinco ataques
 
Subiu para cinco o número de ônibus atacados nesta sexta-feira, 13. O quarto e quinto caso ocorreram no Vicente Pinzon. O terceiro caso ocorreu por volta das 19 horas, em Maracanaú. Um ônibus da linha Conjunto Timbó foi abordado no final da linha, dois homens jogaram combustível na traseira do veículo, mas o fogo foi controlado.

No início da tarde, um coletivo da linha Jardim Fluminense sofreu ataque de três homens, que atearam fogo no ônibus. Ninguém ficou ferido.

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Por volta das 16h30min, outro transporte foi incendiado, desta vez um carro da empresa São José, que faz a linha Aracapé/Parangaba. O veículo foi abordado no final da linha, somente motorista e cobrador estavam no ônibus e foram obrigados a descer. O fogo destruiu completamente o veículo.

Insegurança

Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Ceará (Sintro), a ação é semelhante em todos os casos, um grupo de dois a cinco homens aborda os carros, manda motoristas, cobradores e passageiros descerem, joga combustível e incendeia os veículos.

Após os ataques desta sexta-feira, 13, o Sintro foi chamado para se reunir com os trabalhadores, nervosos com a situação de insegurança. Em nota, o sindicato informou que, por medidas protetivas, a categoria optou por recolher os carros e paralisar as atividades das linhas atacadas.

Ainda segundo o sindicato, há possibilidade de uma greve geral, caso não sejam tomadas medidas para combater a onda de violência.

Com esses ataques,  já são cinco os casos de ônibus incendiados neste ano em Fortaleza. O último ocorreu em 10 de março, próximo à avenida Osório de Paiva. O motorista teve queimaduras e uma passageira sofreu fraturas na perna.

Redação O POVO Online

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