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Ambulantes mudam dia e horário da Feira da Sé para evitar fiscalização

Feira ocorre normalmente de quarta para quinta, quando a Prefeitura realiza fiscalizações com efetivo policial. Feirantes reclamam das ações

12:08 | 04/02/2015
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Depois das operações de fiscalização na Feira da Sé, promovidas pela Prefeitura de Fortaleza, os ambulantes iniciaram as vendas em outros dias e horários, a partir desta semana. Para evitar a ação de policiais militares e guardas municipais, alguns feirantes ocuparam, na madrugada desta quarta-feira, 4, a rua Sobral, ao lado da Catedral. A feira na rua José Avelino e na travessa Icó segue permitida, mas tem de se limitar aos seguintes horários: das 19 horas da quarta até as 8 horas de quinta-feira e das 19 horas de sábado até as 11 horas de domingo.

Segundo o ambulante José Maria Castro, 54, alguns feirantes chegaram na tarde da terça-feira, 4, pois sabiam que no horário normal da feira (de quarta para quinta) poderiam perder as mercadorias. “Quando chegam com policiais, vem o ‘rapa’ tirando tudo. Eu mesmo não venho mais com medo de levarem minhas coisas”, explica. O POVO esteve no local durante a manhã e flagrou os vendedores, sendo monitorados por fiscais da Prefeitura.

José Maria, no entanto, explica que é mais seguro vender em outros dias, em que não há efetivo policial. “Essa questão da feira não foi resolvida, querem que a gente saia mas não temos lugar para ir. A gente quer um canto fixo, sendo que eles [Prefeitura] não resolvem e precisamos trabalhar”, defende. A Secretaria da Regional Centro (Sercefor) informou que está ciente da nova estratégia dos feirantes e estuda alternativas de controle.

“Eles fazem isso para burlar o horário e a data determinada pra feira, o que nos obriga a aumentar o efetivo para a fiscalização. A Prefeitura não é contra a feira, entendemos sua importância econômica e social, mas ela deve respeitar os limites de espaço”, explica o secretário da Sercefor, Ricardo Sales.

O secretário também destaca que o objetivo da fiscalização é cumprir uma ordem judicial de 2012, que determina o ordenamento do local e a proibição da feira na Alberto Nepomuceno - apontada como responsável por tornar a via intransitável. “Há os espaços definidos para a feira, na Travessa do Icó, dentro da José Avelino, na Governador Sampaio. No entanto, 60% dos ambulantes possuem um Box na vizinhança e mantêm outros abertos, alugando áreas públicas”, completa.

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Planos

Na quinta-feira, 5, os feirantes devem realizar uma caminhada, a partir das 8 horas, para protestar contra os limites impostos. A concentração será na Praça do Ferreira e segue até a sede da Prefeitura, no Centro, segundo José Maria. Nesta semana, o secretário da Sercefor informou que definirá as alternativas para coibir a feira nos lugares e dias não definidos. "Vamos verificar esses novos horários para dividir o efetivo policial. Acredito que até o fim do ano os ambulantes sejam transferidos para a avenida Filomeno Gomes), completa.

A ideia da Prefeitura é que os feirantes ganhem um lugar definitivo para realizar a feira, em um equipamento a ser construído na avenida, com restaurantes, banheiros e boxes. "Eles ficam na rua, com sol e chuva, e ainda nessa tensão da ocupação. A ideia é que os ambulantes ganhem comoidade e dignidade no novo espaço, a ser construídoa pela Prefeitura em parceria com a Seuma", pontua.

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