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Fortaleza tem maior índice de homicídios na adolescência entre capitais

Pesquisa estima que 2.988 adolescentes, jovens de 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de homicídio em Fortaleza entre 2013 e 2019

16:29 | 28/01/2015
Fortaleza apresentou o maior índice de homicídios na adolescência (IHA) entre as capitais brasileiras em 2012, conforme divulgou nesta quarta-feira, 28, o Programa de Redução da Violência Letal (PRVL). 

Conforme o levantamento, na capital cearense, 9,92 adolescentes em cada mil seriam vítimas de homicídio antes dos 19 anos de idade. Atrás de Fortaleza entre as capitais estão Maceió (9,4), Salvador (8,3), João Pessoa (6,49) e Belém (5,84).

Foram analisados 288 municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes em 2012. A média do IHA para o conjunto destes municípios foi de 3,10 adolescentes perdidos para cada grupo de mil. 

Entre os municípios com mais de 200 mil habitantes, Fortaleza aparece em quarto lugar, atrás de Itabuna (17,11), na Bahia; Cariacica (10,47) e Serra (9,95), no Espírito Santo.

A partir do cálculo do IHA de 2012, a pesquisa estima o número de vidas adolescentes que serão perdidas ao longo de sete anos, se as condições atuais forem mantidas. Segundo a estimativa, entre 2013 e 2019, Fortaleza perderá 2.988 jovens de 12 a 18 anos. No Brasil, aproximadamente 42 mil vidas adolescentes serão perdidas nos municípios com mais de 100 mil habitantes.
 
Estados
O cálculo do IHA para cada uma das 27 Unidades da Federação foi obtido a partir da agregação de todos os homicídios sofridos por adolescentes nos municípios com mais de 100 mil habitantes de cada estado. Os maiores valores correspondem aos estados de Alagoas (8,82), Bahia (8,59), Ceará (7,74) e Espírito Santo (7,15).

As informações referentes às mortes de adolescentes são obtidas no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/Datasus) e as informações sobre população procedem do IBGE.

O PRVL foi criado em 2007 através de uma ação conjunta entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Observatório de Favelas, em parceria com o Laboratório de Análise da Violência (LAV-UERJ).

Redação O POVO Online
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