Participamos do

Clarão em Fortaleza era lixo espacial e não chuva de meteoros

Mesmo assim, chuva ocorre e há possibilidade de visualizar a olho nu na terça-feira, 21 e quarta-feira, 22
18:51 | Out. 21, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

fenômeno espacial visto na segunda-feira, 20, no Ceará não era um meteoro, mas sim lixo espacial, afirmam o diretor do Planetário Rubens de Azevedo, Dermeval Carneiro e o fundador da Rede Brasileira de Observadores de Meteoros (Bramon), Carlos Bella.

Conforme divulgou O POVO, o clarão seria parte de uma chuva orionídea, mas depois da circulação de um vídeo, os especialistas relataram que o objeto era muito claro e lento para ser denominado um meteoro. Contudo, Dermeval pontua que o fenômeno ocorreu e é provável que seja visto ainda nesta terça-feira, 21 e na quarta-feira, 22.

Assista:

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

[VIDEO1]

“Todo mês acontece uma chuva espacial. As orionídeas, que ocorrem em outubro, são as mais famosas porque são decorrentes do cometa Halley. Na terça-feira e na quarta-feira ela poderá ser visível. Na segunda-feira não foi por conta de alguma nuvem, embora ela esteja ocorrendo”, afirmou o diretor do Planetário.

O fundador da Bramon, Carlos, certificou que quando surgiram as primeiras imagens do evento tudo indicou que pela velocidade e cor, se tratava de lixo espacial. Pesquisadores vinculados a rede fizeram uma análise e detectaram o foguete francês Ariane 44L, lançado em 2001, próximo a linha do equador.

“Durante este período [20, 21 e 22 de outubro] os meteoros são mais visíveis. A região Nordeste é uma das melhores para visualizar o evento a olho nu, já que está nos pontos mais altos do horizonte”, disse Carlos.

Às 18h30 de segunda-feira, 20, a constelação de onde provém estes meteoros ainda estava abaixo da linha do horizonte. Além disso, o episódio nascia de leste a oeste, enquanto o movimento orbital seguia ao contrário, dando a indicativa do lixo espacial.

Renato Ferreira, especial para O POVO Online 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente