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Ceará é sede do 8º Congresso Brasileiro de Transplante de Fígado

Encontro acontece de quinta, 16, até sábado, 18, em um hotel no Cumbuco. No 8º Congresso Brasileiro de Transplante de Fígado, Pâncreas e Intestino, um documento deve ser elaborado mostrando a necessidade de criação de novos leitos e maior investimento na rede pública
16:46 | Out. 15, 2014
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Discutir formas de investimento em transplante de fígado, ampliando o acesso dos pacientes a esse procedimento. Esse é um dos objetivos do 8º Congresso Brasileiro de Transplante de Fígado, Pâncreas e Intestino que acontece de quinta, 16, a sábado, 18, no hotel Vila Galé, no Cumbuco, no litoral de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O evento, que tem apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC), contará com a participação dos principais serviços de transplante do Brasil e de cirurgiões de importantes instituições internacionais, como o Kings College, de Londres, e a Universidade de Miami.
 
Segundo o presidente do Congresso, Prof. Huygens Garcia, chefe do Serviço de Transplante Hepático do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), são esperados 600 participantes. Entre os temas a serem debatidos estão questões como transplante intestinal e multivisceral, transplante pediátrico, hepatite fulminante, infecções e imunossupressão. 

Na quarta-feira, será realizada uma reunião da Câmara Técnica do Fígado, que antecede ao evento. Ao final do encontro, a partir das 11 horas de sábado, deve ser discutida e lançada a Carta de Cumbuco, um documento sobre política e financiamento de transplantes.

“Achamos que não existe uma auditoria de resultados dos transplantes. Um total de 98% dos transplantes é financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas o SUS não cobra resultados”, avalia o médico Huygens Garcia, presidente do 8º Congresso Brasileiro de Transplante de Fígado, Pâncreas e Intestino e chefe do Serviço de Transplante de Fígado do HUWC. De acordo com Garcia, o transplante de fígado é um procedimento caro e é necessário desenvolver formas mais econômicas de realizar o procedimento.
 
Transplantes no Brasil e Ceará
O Brasil não deve atingir a meta de doações prevista para o fim deste ano, que é de 15 por milhão de população (pmp). Segundo o mais recente relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), relativa ao primeiro semestre de 2014, o Brasil obteve uma taxa de 13,5 doadores efetivos pmp, com possibilidade de alcançar 14 pmp até o final do ano.
 
O Ceará, no entanto, vem se destacando no cenário nacional, com índices superiores a 20 pmp. No caso específico dos transplantes de fígado, o Ceará é referência nacional, graças ao trabalho do Hospital Universitário Walter Cantídio, da UFC. No ano passado, o Hospital foi o centro que mais realizou transplantes de fígado em toda a América Latina, com 134 procedimentos, batendo unidades como o Hospital Israelita Albert Einstein. Neste ano, o HUWC já realizou 124 procedimentos desse tipo até o momento, e a expectativa é de que ultrapasse a marca do ano passado.
 
Redação O POVO Online 

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