Participamos do

MPF investiga denúncia de pessoas que receberiam, indevidamente, benefícios como pescadores

As três pessoas denunciadas teriam outras profissões. O benefício é somente para aqueles que trabalham exclusivamente com a pesca.
18:34 | Ago. 19, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) investiga uma denúncia de que três pescadores estariam recebendo, indevidamente, o seguro desemprego para pescador artesanal, conhecido como seguro defeso, na cidade de Canindé, a 120 quilômetros de Fortaleza. Segundo as acusações, os três teriam outros empregos, além de pescador, o que inviabiliza o pagamento do seguro. O benefício é concedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e somente têm direito ao pagamento aqueles que têm como único trabalho a pesca.

“Esse é um problema que ocorre em todo o Estado, em várias cidades. Temos a colaboração Ministério do Trabalho e Emprego, mas, infelizmente, as pessoas ainda se aventuram a começar nesse tipo de ilicitude”, afirma o procurador da república Francisco Alexandre de Paiva Forte, que assinou o processo contra os pescadores. Ainda segundo o procurador, a ação é configurada como crime de estelionato e, em caso de condenação, os acusados podem sofrer pena mínima de um ano de prisão. Em casos de réus primários, como o dos acusados, a pena pode ser substituída por prestação de serviços à comunidade.

Outra denúncia seria a de que o presidente da Colônia de Pescadores Z-15 de Canindé, Francisco das Chagas Silva Santos, estaria cobrando dinheiro para cadastrar, indevidamente, pessoas como pescadores. O valor seria R$ 100. Com esse cadastramento, seria possível receber o dinheiro do seguro desemprego para pescador artesanal.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Francisco das Chagas Silva nega as acusações. “Na realidade, que se cadastrou na Colônia foram artesões do material de pesca, que também tem direito a se cadastrar”, argumenta, acrescentado que aqueles que trabalham com material usado na pesca também dependem das chuvas para vender suas peças.

 

O POVO não divulga o nome dos pescadores porque o Ministério Público Federal ainda está investigando o caso. 

 

Redação O POVO Online 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente