Greve de ônibus poderá ser deflagrada caso negociações não sejam retomadas
Não havendo novo posicionamento do Sindiônibus ou retorno às rodadas de negociações, os dirigentes do Sintro afirmaram que poderão deflagrar greve na CopaAtualizada às 18h21min
A sétima rodada de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Ceará (Sintro) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) terminou sem acordo, na manhã desta sexta-feira, 6.
Empresários teriam dado a negociação por encerrada, conforme o Sintro, que não aceitou reajuste oferecido de 7% - ganho real de 1,12%.
Neste sábado, 7, os motoristas farão articulações na sede do Sintro e estão convocando a categoria para uma assembleia na próxima quarta, 11, em dois horários, 9h e 15h.
Não havendo novo posicionamento do Sindiônibus ou retorno às rodadas de negociações, os dirigentes do sindicato afirmaram que poderão deflagrar greve, "respeitando os avisos ao Sindiônibus e ao poder público", e o prazo de 72 horas para começar a paralisação.
Ou seja, no domingo, 15, Fortaleza já poderia ter a frota de veículos reduzida, tanto os ônibus para bolsões de estacionamento da Copa tanto os que atendem o restante dos usuários.
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Negociações
Na última quarta-feira, 4, os empresários lançaram a proposta de reajuste salarial de 6,67%, no entanto, o sindicato dos motoristas não acatou. A categoria reivindica, além do reajuste de 18%, cesta básica no valor de R$ 120 e vale-refeição de R$ 12. O Sindiônibus oferece R$ 85 para cesta básica e R$ 9,50 de vale-refeição.
Durante a manhã e tarde da última quinta-feira, os terminais de Fortaleza tiveram paralisações temporárias, enquanto o Sintro se reunia com os trabalhadores.
Paralisações <br>A insegurança nos coletivos provocou diversas paralisações de motoristas e cobradores em Fortaleza, nas últimas semanas. A centelha que deu início às mobilizações foi o assassinato do motorista Francisco Erivaldo Matias Marinho, na última quarta-feira, 28, em um assalto em coletivo que fazia a linha Parque Santa Maria/Siqueira.
A insegurança mobilizou trabalhadores e parou, durante todo o dia, na última quinta-feira, 29, os terminais de integração, afetando o cotidiano de milhares de pessoas que utilizam o transporte coletivo. Nesta semana, os trabalhadores voltaram a paralisar as atividades por duas horas para reivindicar reajuste salarial.