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Trabalhadores param atividades e bloqueiam o acesso ao terminal do Papicu

Os trabalhadores também bloquearam o terminal de ônibus do Papicu, das 8h25min às 10h25min. A manifestação faz parte da campanha salarial 2014 da categoria
08:50 | Mai. 16, 2014
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Atualizada às 17h14min

Trabalhadores da construção civil paralisaram, na manhã desta sexta-feira, 16, as atividades em um canteiro de obras próximo ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Os trabalhadores também bloquearam o acesso ao terminal de ônibus do Papicu, das 8h25min às 10h25min, segundo a administração do local.

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De acordo com Laércio Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, a manifestação contou com cerca de mil operários e faz parte da campanha salarial 2014. Ainda de acordo com Laércio, uma reunião entre os trabalhadores e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), marcada para esta sexta-feira, 16, foi cancelada.

Laércio disse "que os trabalhadores estão andando por ruas próximas ao canteiro e não voltarão ao trabalho hoje."

[SAIBAMAIS2]Em nota enviada ao O POVO online, o Sinducon se posicionou sobre o caso. Confira abaixo:

"O Sinduscon repudia as manifestações violentas que vêm sendo promovidas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção em Fortaleza e Região Metropolitana, ligado ao movimento CSP-Conlutas (PSTU). Os atos de vandalismo desvirtuam o caráter legítimo do movimento, que também passou a assumir claramente uma conotação política, com vistas ao fortalecimento de candidaturas nas próximas eleições, como comprovam as faixas e cartazes erguidos durante as manifestações, substituindo a pauta de interesse dos trabalhadores.

As paralisações ainda ocorrem de forma ilegal, uma vez que a greve não foi decretada oficialmente. As negociações do dissídio coletivo estão em andamento, com reuniões semanais intermediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). Ao todo, já foram realizadas seis rodadas, mas não foi possível chegar a um acordo, uma vez que o Sindicato dos Trabalhadores insiste no índice de 15% para o reajuste dos pisos, valor em torno de 300%  superior ao índice do INPC do período, que nos últimos doze meses foi de 5,39%.

O Sindicato dos Trabalhadores também insiste em manter na pauta reivindicações como a criação de estacionamento nos canteiros de obra e auxílio combustível para veículos e outros benefícios que, somados, chegam a representar mais de 50% de aumento. As empresas da construção civil apresentaram propostas com aumento real, com 6% de reajuste no piso, além de outros benefícios."

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Redação O POVO Online

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