Carnaval na Mocinha acontece mesmo sem apoio da Prefeitura
O povo foi na raça fazer o Carnaval no Polo da Mocinha neste sábado, 1. Por volta das 17h amigos do carnavalesco Dilson Pinheiro começaram a postar nas redes sociais convites para os foliões seguirem para a Mocinha. Dilson reforçou o convite simples e direto: “Ei meu povo, vamos simbora pra mocinha!” (sic).
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Às 18h30 os músicos estão se organizando e muita gente começa a compartilhar chamados pelas redes sociais. “Vai ter, vai ter Mocinha! Vai ter, vai ter Mocinha!!! Vem, negrada!!!!!! Tragam uns trocados pra interar a banda que o Dilson vai sair na marra!”, avisa uma foliã pelo Facebook.
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Já tem bastante gente na rua Pe. Climério e na João Cordeiro. O que os foliões alegam é que independente de qualquer coisa, amigos do Carnavalesco irão fazer o Carnaval acontecer. Alguns músicos passeiam segurando o chapéu nas mãos, pedindo contribuição em dinheiro para a banda.
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Entenda o caso
A festa no Polo da Mocinha desde 2008 era promovida pela Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), transformando a rua Pe. Climério, na Praia de Iracema, em um dos redutos do Carnaval na cidade. O espaço reunia centenas de pessoas e envolvia, pelo menos, seis blocos.
Dilson Pinheiro, organizador do Num Ispaia Senão Iênche, explica, no entanto, que na quinta-feira, dia 20, teve uma reunião como secretário de Cultura, Magela Lima, e saiu de lá com a promessa de que a festa aconteceria. “Eu não sou irresponsável de envolver tanta gente sem ter a palavra do secretário”, disse por telefone o carnavalesco, que multiplicou a notícia entre músicos e foliões.
Na ultima quarta-feira, Dilson recebeu a ligação de uma funcionária da Secultfor informando que o Polo da Mocinha não iria funcionar.
Na sexta-feira, 28,, em entrevista ao jornalista Ruy Lima, no programa Grande Jornal da rádio O POVO/CBN, Magela Lima confirmou a reunião com o carnavalesco, mas argumentou que não assinou nenhum contrato. “O Carnaval é feito com um orçamento e este ano comportou um numero ‘x’ de eventos”, disse. “Sem contrato não existe cancelamento de nada. Não houve promessa. Houve uma conversa”, afirmou.
O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secultfor. Não houve retorno. Sobre o assunto, a pasta divulgou uma nota com a programação oficial que não citava o Polo da Mocinha.