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Antonio César Sá Ribeiro

03:00 | 12/05/2013

MINHA MÃE, MINHA HISTÓRIA.
Palavra “Mãe” significa todas as coisas boas que fluem no ar, no terra e no mar. Ela é também o porto seguro para aqueles que se perdem nos caminhos deste horizonte sem fim. É! Mas voltando para a minha Mãe. Hoje minha mania por limpeza e organização vem desta figura que me inspirou este lado. Claro que nem tudo são flores, pois para eu chegar a este patamar, tinha que sofrer um bocado e como é de esperar tinha a ajuda dos meus dois irmãos mais velhos, que nada eram que os cúmplices da travessura de meninos.

Todos os sábados, nós, meus irmãos e eu, tínhamos a árdua tarefa de encerar todos os vãos da casa, pois para quem não foi de interior, elas, as casas tinham seus pisos de mosaico e diga-se de passagem todos bem coloridos. Pois bem, voltando a tarefa. Pegávamos uma lata de cera vermelha para as salas de visita e de jantar e outra lata de cera amarela para os demais cômodos, e  cada um de nós com pedaço de pano (acho que eram restos de toalhas velhas) e acocorados passávamos a cera no piso e aguardávamos uns minutos, no momento não me lembro quanto para que a cera secasse, também  já se vão uns quarenta e tantos anos, e depois de seco, tínhamos outra atividade que era a principal, deixar o piso um brilho só, daqueles que tinham que mostrar como se diz o ditado,” ver o fundo das calças”. Só que neste momento, sem a supervisão da matriarca, um de nós sentávamos no meio do pano e outro puxava, rodopiando todo o vão, como se fosse uma brincadeira de carro, mas quando ela vinha ao nosso encontro, de imediato voltávamos a passar o pano individualmente e com muita força para deixar o brilho.
Só me lembro que nossos joelhos eram encardidos de tanto ficar de joelhos no chão.
 

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