Moradores e frequentadores da área do riacho Maceió, em Fortaleza, estão reclamando da derrubada excessiva de árvores. Local maltratado da Capital, a foz do riacho passa por obra que reunirá um parque público e prédios residenciais, a serem erguidos em um terreno imediatamente após o riacho.

"Como é que eles querem fazer um projeto de recuperação ambiental destruindo árvores?", reclamou a assistente social, Regina Cardoso, integrante da Associação de Moradores do Riacho Maceió. Segundo ela, a derrubada ocorre diariamente, mas, nesta segunda-feira, 1º, "a motosserra não parou". "A gente está preocupada", disse Regina.

Heraldo Viana é morador do local e também reclama da situação. Ele conta que, com a derrubada das árvores, os animais que habitavam a vegetação acabam saindo do local e entrando nas casas próximas.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) disse que a Nordeste Participação e Empreendimento (Norpar), empresa responsável pela Operação Urbana Consorciada na área do riacho Maceió, possui autorização da Prefeitura para a supressão de 21 árvores, sendo 19 castanholeiras e duas cassias mimosas, além do transplante de 11 coqueiros.

"As demais árvores existentes no local serão preservadas", diz a nota. No projeto proposto para a área em questão ainda está previsto a implantação de projeto de paisagismo/arborização. Ainda de acordo com a Secretaria, nesta terça-feira, dia 2 de abril, uma equipe técnica será enviada à área para verificar a denúncia sobre a canalização do recurso hídrico e se há supressão irregular de árvores.

Entenda mais
A operação urbana consorciada, prevista no Estatuto das Cidades, é o conjunto de intervenções sob coordenação do Poder Público com participação da iniciativa privada e sociedade visando melhorias.

A foz do riacho Maceió ocupa área privilegiada em ponto valorizado da cidade, na esquina da avenida Beira Mar com a rua Tereza Hinko, no Mucuripe.

Camila Holanda
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Sara Rebeca
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