PUBLICIDADE
Notícias

Padre Clairton Alexandrino diz que anúncio de renúncia do Papa foi uma surpresa

10:55 | 11/02/2013

Atualizada às 13h07min

"É uma surpresa muito grande.Todos nós estamos um pouco surpresos", disse o Padre Clairton Alexandrino de Oliveira, vice-presidente do Tribunal Eclesiástico e pároco da Catedral Metropolitana de Fortaleza, sobre a renúncia do Papa Bento XVI, nesta segunda-feira, 11. O padre foi entrevistado na rádio O POVO CBN, durante esta manhã. Ouça a entrevista.

 

[VIDEO1]

 

Veja outros depoimentos:  

Carlo Tursi, teólogo
“É uma atitude inusitada para um papa. Eu suponho que seja uma doença grave porque não acredito que ele vá assumir porque esteja cansado. Na história, foram poucos os que optaram pela renúncia. Acredito que, para o sucessor, o perfil seja o mesmo desse cardeal porque, dentro do colégio papal, não existem mais um perfil diferenciado. O único assim era o cardeal italiano Carlo Maria Martini, que morreu no ano passado. O problema é que todos os cardeais são nomeados pelo papa, e esses são todos de uma mesma linha, com poucos variáveis”.

Pe. Ermano Allegri
“De fato, foi uma surpresa mas que coloca uma novidade no sentido de que a escolha do sucessor possa ser uma coisa mais, digamos, ‘democratica’. Talvez mostre que haja alguma novidade na igreja, sobretudo olhando para o futuro porque não isso pode ser um fato isolado, eu acredito. A igreja não está acima dos problemas da sociedade; no texto mesmo de renúncia, ele fala que os problemas são muito grandes. Mas é uma atitude nova e dinâmica”.

Bispo da Diocese de Limoeiro do Norte, Dom José Haring
“O Papa renunciou pela fraqueza do corpo. Foi uma decisão para o bem da Igreja Católica. Ele pegou a todos de surpresa. Mas não foi uma decisão tomada de uma hora para outra. Ele refletiu e rezou muito. Foi um gesto de muita fé e muito amor pela igreja. E isto, no momento, é o mais importante. Não sei como deve ser o perfil do novo papa, pois ainda teremos o papa Bento XVI até o dia 28. Após esta data, a igreja deve tomar todas as providências para escolher o novo representante. Até agora, só há especulações”. 

Irmã Aíla Luzia, professora de Teologia da Faculdade Católica de Fortaleza

“Achei uma coisa muito lúcida da parte dele, previsível e mostra que ele não tem apego ao cargo, ao ministério que exerce. Claro, a gente fica meio assim porque vai ter outro conclave e geralmente essas coisas demoram um pouco porque o papa é eleito entre os cardeais. Seu sucessor, não tem hoje em dia nenhum muito progressista, em geral todos são na mesma linha do atual. Até João Paulo II era muito midiático, mas tinha coisas que ele não abria a mão por coisa alguma. Acredito que o novo será moderado”.  

Redação O POVO Online 

 

 

 

 

TAGS