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Casos de pessoas desaparecidas aumentam a cada ano no Ceará

14:39 | 26/02/2013
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Luiz Marlon, 3, Andressa, 15, Jéssica Janaira, 12, e Paulo Maicon, 9. Os quatro fazem parte da estatística de pessoas desaparecidas, que a cada ano cresce no Ceará. Só em 2012 foram 147 registros, contra 139 no ano anterior. Os dados são do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas Regional de Fortaleza).

Do total de casos de desaparecimentos em 2012, 126 pessoas foram localizadas vivas, três encontradas mortas e 18 permanecem desaparecidas. Entre o dia 1º de janeiro deste ano e esta segunda-feira, 25, o Creas registrou 18 notificações. Nesse mesmo período, 12 pessoas foram localizadas, todas vivas.

A supervisora da instituição, Regiana Ferreira Nogueira, acredita que a quantidade de casos de desaparecimento possa ser ainda maior, já que as famílias acabam fazendo as denúncias apenas nas delegacias, sem comunicar ao órgão, ou vice-versa.

"Quando a família constatar o desaparecimento de um parente, o primeiro passo é comunicar a uma delegacia, para iniciar as buscas. Em seguida, é preciso informar o caso ao Creas", explica Regiane.

O órgão é um aliado da Polícia, fazendo um trabalho de divulgação dos casos na mídia, contas de energia e em murais em órgãos públicos. Facilitando, dessa forma, a localização dessas pessoas.

Motivação das fugas
Os conflitos familiares, motivados principalmente pelo uso de drogas (pais usuários ou filhos viciados), são apontados por Regiane como a causa principal para fugas de crianças e adolescentes dos lares.

Uma vez localizado, o Creas oferece para a família e para o jovem/adulto um acompanhamento com assistente social, psicólogo e, se preciso, advogado. Mas, o órgão enfrenta resistência para exercer esse trabalho, quando o desapareciemento é motivado por violência doméstica. "A família entende que só o aparecimento já resolve o problema, e não é bem isso", afirma Regiane.

Desaparecidos em Fortaleza

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Os irmãos Paulo Maicon de Freitas Rabelo, 9, (à direita) e Luiz Marlon Freitas, 3, estão desaparecidos desde setembro de 2012. Eles foram vistos pela última vez no bairro Serrinha.

A família de Andressa Santos da Silva, 15, (à direita) está há oito meses sem notícia da adolescente, que desapareceu no bairro Granja Portugal.

Jéssica Janaira Almeida Gomes, 12, sumiu no bairro Presidente Kennedy, em novembro do ano passado.

Se você tem alguma informação sobre o paradeiro dessas pessoas, ligue para o Creas Regional Fortaleza: 0800.285.1407/(85) 3101.2737; ou procure uma delegacia e denuncie.

Redação O POVO Online

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